REVASCULARIZAÇÃO PULPAR: UMA ALTERNATIVA DE TRATAMENTO PARA DENTES NECROSADOS IMATUROS

Autores

  • Jamile da Rosa UNISC
  • Wesley Misael Krabbe UNISC
  • Michele Altermann Platen UNISC
  • Cristian Raul Froemming UNISC
  • Pedro Henrique Ferreira de Menezes UNISC
  • Karoline Knipoff dos Santos UNISC
  • Márcia Helena Wagner UNISC
  • Magda de Souza Reis UNISC

Resumo

Introdução: A necrose pulpar em dentes com rizogênese incompleta traz grande prejuízo ao paciente, causa dor, dificuldades mastigatórias, fraturas, comprometimento estético, sendo assim, surgiu a endodontia regenerativa. A partir do ano 2000, a revascularização pulpar passou a ser abordada como uma alternativa ao tratamento de apicificação, começando a ser considerada uma terapia endodôntica conservadora que poderia apresentar grande probabilidade de sucesso devido ao aumento da espessura dentinária e fechamento do forame apical em dentes com rizogênese incompleta. O motivo da interrupção do desenvolvimento radicular se deve a contaminação bacteriana por meio de cárie e injúrias traumáticas, que podem resultar em necrose pulpar, alterações pulpares que impedem o processo de rizogênese. Nessa condição de dente imaturo existe uma dificuldade para instituir a terapia endodôntica convencional em virtude da amplitude do diâmetro do canal e das paredes dentárias finas e frágeis, o ápice aberto, que inviabiliza a instrumentação do canal e a confecção do batente apical para realizar a obturação. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi estudar e descrever a técnica de revascularização pulpar como uma alternativa de tratamento para dentes necrosados imaturos. Metodologia: O presente estudo se constitui de uma revisão de literatura em artigos publicados nos últimos cinco anos em bases de dados confiáveis: Biblioteca Nacional de Medicina (PubMed) e Portal de periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), utilizando palavras-chave como: revascularização pulpar, regeneração, rizogênese incompleta. Resultados: O tratamento de revascularização pulpar é realizado em duas sessões/etapas. A primeira etapa consiste na desinfecção do sistema de canais radiculares. É de suma importância e é realizada através da ação mecânica dos instrumentos endodônticos nas paredes do canal e pelos medicamentos de demora que são colocados no interior do canal radicular. A segunda etapa consiste na indução de sangramento da região periapical, preenchendo o canal radicular com coágulo sanguíneo, afim de induzir a formação de um novo tecido e, por último, realiza-se o selamento coronário. Alguns requisitos devem ser observados para indicar o sucesso do tratamento, são eles: a ausência de dor ou edema; o exame radiográfico deve demonstrar aumento do comprimento da raiz, aumento da espessura das paredes dentinárias; diminuição do diâmetro apical e cura da lesão periapical. O acompanhamento do caso clínico faz parte do tratamento, sendo fundamental a verificação da técnica empregada. Conclusão: No processo de revascularização ocorre a formação de um novo tecido intra-radicular, formado através da indução de um coágulo sanguíneo, que possibilita a formação e o desenvolvimento radicular, com aumento do comprimento radicular e espessura das paredes dentinárias. O mais importante desse tratamento é devolver a função biológica com muitas perspectivas, por trazer grandes benefícios aos dentes com necrose pulpar e rizogênese incompleta.

Biografia do Autor

  • Jamile da Rosa, UNISC
    UNISC
  • Wesley Misael Krabbe, UNISC
    UNISC
  • Michele Altermann Platen, UNISC
    UNISC
  • Cristian Raul Froemming, UNISC
    UNISC
  • Pedro Henrique Ferreira de Menezes, UNISC
    UNISC
  • Karoline Knipoff dos Santos, UNISC
    UNISC
  • Márcia Helena Wagner, UNISC
    UNISC
  • Magda de Souza Reis, UNISC
    UNISC

Publicado

2020-10-15

Edição

Seção

Ciências Biológicas e da Saúde