COMPARAÇÃO DE ALTERAÇÕES CELULARES ENTRE PRATICANTES DE ACADEMIA BRASILEIROS E ESPANHÓIS

Autores

  • Renato Alberto Weber Colombelli UNISC
  • Thalia Gama da Silva UNISC
  • Juliana Priebe Steffens UNISC
  • Eduarda da Silva Limberger Castilhos UNISC
  • Diene da Silva Schlickmann UNISC
  • Patricia Molz UNISC
  • Pedro José Benito Peinado UNISC
  • Silvia Isabel Rech Franke UNISC
  • Gabriela Cristina Uebel

Resumo

Introdução: Por serem culturalmente distintos, diferentes populações podem apresentar diferentes modificações celulares entre si, as quais são influenciadas principalmente pelo envelhecimento, exposições ambientais e hábitos de vida, como a prática de exercícios físicos e alimentação. O ensaio de micronúcleo de células bucais esfoliadas (BMCyt) pode ser um marcador para avaliar tais modificações. Objetivo: Comparar alterações celulares, conforme BMCyt, entre praticantes de academia brasileiros e espanhóis. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, realizado com praticantes de exercícios físicos de academias de Santa Cruz do Sul/Brasil e Madrid/Espanha. A amostra foi selecionada por conveniência que incluiu praticantes de academia de ambos os sexos, maiores de 18 anos, e excluiu gestantes e indivíduos com dados incompletos. Para avaliar os biomarcadores de alterações celulares (danos ao DNA, instabilidade cromossômica, morte celular e potencial regenerativo) do tecido da mucosa bucal humana, foi utilizado o BMCyt, no qual foram quantificadas as seguintes alterações: micronúcleos, brotos nucleares, células com cromatina condensada, células picnóticas, binucleadas, cariolíticas e cariorréxicas. As análises estatísticas foram realizadas no programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS, versão 23.0 IBM, Armonk, NY), sendo que as diferenças entre Brasil e Espanha foram verificadas pelo procedimento de Bootstrapping para o teste t de Student para amostras independentes para variáveis contínuas e pelo teste de qui-quadrado para variáveis categóricas. O nível de significância estatística escolhido para todas as análises foi de p<0,05. O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Santa Cruz do Sul (parecer 2.020.070). Resultados: Foram avaliados 228 praticantes de academia, sendo 163 brasileiros e 65 espanhóis. Não foram encontradas diferenças significativas quanto ao sexo (p=0,154) e idade (p=0,198) entre os praticantes de academia do Brasil e Espanha. Os brasileiros apresentaram maior frequência de micronúcleos e brotos nucleares (danos no DNA) e cromatina condensada e cariorréxica (morte celular relacionada à apoptose), comparados aos espanhóis (p=0,001). Já os participantes espanhóis apresentaram maior frequência de células cariolíticas (p=0,001), alteração celular indicadora de morte celular por necrose. Conclusão: Os praticantes de academia brasileiros apresentaram maiores índices de danos no DNA e morte celular por apoptose, enquanto os espanhóis apresentaram maior frequência de morte celular por necrose. Essas alterações, com diferença entre os dois países, podem estar associadas aos hábitos de vida destes indivíduos. Investigações mais aprofundadas sobre o estilo de vida dessas populações são necessárias para melhores interpretações dos resultados.

Biografia do Autor

  • Renato Alberto Weber Colombelli, UNISC
    UNISC
  • Thalia Gama da Silva, UNISC
    UNISC
  • Juliana Priebe Steffens, UNISC
    UNISC
  • Eduarda da Silva Limberger Castilhos, UNISC
    UNISC
  • Diene da Silva Schlickmann, UNISC
    UNISC
  • Patricia Molz, UNISC
    UNISC
  • Pedro José Benito Peinado, UNISC
    UNISC
  • Silvia Isabel Rech Franke, UNISC
    UNISC

Publicado

2021-10-20

Edição

Seção

Ciências Biológicas e da Saúde