O EMPREGO DA PATÊNCIA APICAL NOS TRATAMENTOS ENDODÔNTICOS

Autores

  • Luiza Nardini Buffet UNISC
  • Lucas Vinicius Fischer UNISC
  • Camila Müller UNISC
  • Bruno Pereira Lançanova UNISC
  • Pedro Henrique Ferreira de Menezes UNISC
  • Darion Ferreira UNISC
  • Jennifer Eduarda dos Santos da Silva UNISC
  • Márcia Helena Wagner UNISC
  • Magda de Sousa Reis UNISC
  • Evandro de Oliveira Júnior UNISC

Resumo

Introdução: Mesmo com a longa jornada endodôntica passando por vários avanços tecnológicos, procedimentos de alta importância como a patência apical ainda geram inúmeras dúvidas aos profissionais. Deste modo, essa manobra consiste principalmente na limpeza passiva do canal cementário sem ocorrer a ampliação da constrição apical para evitar o transporte de substância irrigadora ao interior do canal e tecidos periapicais, utilizando uma lima de calibre fino 1mm além do comprimento de trabalho. Em contrapartida, deve-se levar em conta que a manutenção da patência apical está indicada para casos de necrose pulpar com lesão perirradicular, diferentemente dos casos em que há vitalidade pulpar. Contudo, há um grande paradigma de alguns autores de que a realização da manobra é desnecessária, por considerar que a irrigação e as medicações intracanais executam esse benefício. Objetivo: Destacar o conceito e a indicação da realização da patência apical durante o preparo químico-mecânico do sistema de canais radiculares. Metodologia: Revisão de literatura com base em dados do Scielo, Rev Odonto e Google Acadêmico. Incluiu-se artigos originais nacionais, publicados entre os anos de 2006 a 2020 referente ao tema de pesquisa. Resultados: Durante a instrumentação no canal é produzido raspas de dentina, contaminada ou não, dependendo da condição diagnóstica, podem ficar compactada no ápice radicular impedindo que todo o comprimento de trabalho (CT) seja preparado. E, tal situação pode interferir no sucesso do tratamento endodôntico. No entanto, ainda que a literatura aponte controvérsias sobre o tema, em especial nas situações de polpa viva, há consenso sobre a limpeza de todo o conduto radicular em situações de polpa necrosada, em especial com a presença de lesões periapicais. Assim, durante o preparo químico cirúrgico, para manter a patência apical é recomenda a utilização de uma lima tipo fina tipo K da série especial (#10, 08 ou 06) seguido do pré alargamento no terço cervical da raiz o que facilita o acesso ao comprimento de trabalho (CT) para na sequencia atingir o diâmetro real do canal. Todavia, os autores relatam para a necessidade de ser cauteloso durante essas manobras cirúrgicas, pois se executada de forma abrupta a patência apical pode favorecer a extrusão de material contaminado ao periápice e gerar processo inflamatório local com possibilidade de dor pós-operatória. Conclusão: A realização da patência apical permite que toda a extensão do canal radicular seja esvaziado. Há ainda alguma relutância do emprego desta manobra nos casos de polpa viva, porém, ela é amplamente defendida e bem indicada frente à terapêutica endodôntica nos casos de necrose pulpar, principalmente com lesões perirradiculares.

Biografia do Autor

  • Luiza Nardini Buffet, UNISC
    UNISC
  • Lucas Vinicius Fischer, UNISC
    UNISC
  • Camila Müller, UNISC
    UNISC
  • Bruno Pereira Lançanova, UNISC
    UNISC
  • Pedro Henrique Ferreira de Menezes, UNISC
    UNISC
  • Darion Ferreira, UNISC
    UNISC
  • Jennifer Eduarda dos Santos da Silva, UNISC
    UNISC
  • Márcia Helena Wagner, UNISC
    UNISC
  • Magda de Sousa Reis, UNISC
    UNISC
  • Evandro de Oliveira Júnior, UNISC
    UNISC

Publicado

2021-10-20

Edição

Seção

Ciências Biológicas e da Saúde