PREDIÇÃO DA DISTÂNCIA PERCORRIDA NO TESTE DE CAMINHADA DE SEIS MINUTOS PELA FORÇA DE PREENSÃO PALMAR EM SOBREVIVENTES DA COVID-19

Autores

  • Maria Eduarda Lara de Oliveira UNISC
  • Jessica Luiza Pedroso da Silva UNISC
  • Eduarda Chaves Silveira UNISC
  • Gabriela Maziero UNISC
  • Litiele Evelin Wagner UNISC
  • Solange Schio Lanza UNISC
  • Kemberly Godoy Basegio UNISC
  • Jonathas Gauciniski UNISC
  • Patrícia Érika de Melo Marinho UNISC
  • Dulciane Nunes Paiva UNISC

Resumo

Fundamento: A Covid-19 é uma doença infecciosa causada pelo vírus SARS-CoV-2 que pode causar disfunções cardiopulmonares e funcionais, possui sintomatologia variável, podendo ser assintomática ou cursar de forma leve, moderada ou grave. A forma moderada e grave da doença pode determinar internação hospitalar por insuficiência respiratória com subsequentes acometimentos na força muscular e na capacidade funcional, sendo relevante identificar qual a relação entre tais marcadores. Objetivo: Verificar se a força de preensão palmar (FPP) consegue predizer a distância percorrida no Teste de Caminhada de Seis Minutos (TC6m) em pacientes com Covid-19 antes da alta da unidade de terapia intensiva. Métodos: Trata-se de um estudo transversal realizado em pacientes acometidos pela Covid-19 moderada antes da alta da unidade de terapia intensiva. Foram avaliadas a idade, o índice de massa corporal (IMC) e a taxa de intubação orotraqueal (IOT). A FPP foi avaliada por meio de dinamômetro hidráulico analógico (JAMAR®, EUA) e para tal, o paciente foi mantido em sedestação, com ombros aduzidos e em rotação neutra, com o cotovelo flexionado a 90º e antebraço mantido em posição neutra. O TC6m foi realizado em um corredor plano de 30 metros, demarcado a cada 3 metros, sendo seguidas as diretrizes da American Thoracic Society (ATS, 2002). O valor predito da distância percorrida foi estimado pela equação proposta por Enrigth e Sherril (1998). Os dados seguem apresentados em média e desvio padrão. Para avaliar a associação entre a FPP e a distância percorrida no TC6m foi utilizado o teste de correlação de Pearson, sendo aplicada a equação de regressão linear simples entre as principais variáveis (p<0,05). Resultados: Participaram do estudo 48 pacientes [62,5% do sexo masculino (n=30)], com média de idade de 54,95±11,36 anos e  IMC de 32,37±4,66 Kg/m², em que 5 pacientes (10,42%) necessitaram de IOT. A FPP para o sexo feminino foi de 23,77±7,34 Kgf (71,6%pred) e de 49,64±5,62 Kgf para o sexo masculino (84,87%pred), enquanto a distância percorrida no TC6m foi de 294,91±85,61 metros (57,46%pred). Foi evidenciada associação positiva e moderada entre a FPP e a distância percorrida no TC6m (r= 0,465; p= 0,001). A equação de regressão demonstra a variância da distância percorrida no TC6m, em que: 160,985 + 3,648 x (FPP) (p<0,001; R²=0,217). Conclusão: A equação de regressão proposta conseguiu explicar 21,7% da variância entre a FPP e a distância percorrida no TC6m entre os pacientes avaliados da amostra dos pacientes com Covid-19 que participaram do estudo. Diante desses resultados, espera-se que esses parâmetros possam ser avaliados na alta da UTI, a fim de verificar a repercussão que a Covid-19 moderada pode estar desempenhando sobre a capacidade funcional desses pacientes. 


Biografia do Autor

  • Maria Eduarda Lara de Oliveira, UNISC
    UNISC
  • Jessica Luiza Pedroso da Silva, UNISC
    UNISC
  • Eduarda Chaves Silveira, UNISC
    UNISC
  • Gabriela Maziero, UNISC
    UNISC
  • Litiele Evelin Wagner, UNISC
    UNISC
  • Solange Schio Lanza, UNISC
    UNISC
  • Kemberly Godoy Basegio, UNISC
    UNISC
  • Jonathas Gauciniski, UNISC
    UNISC
  • Patrícia Érika de Melo Marinho, UNISC
    UNISC
  • Dulciane Nunes Paiva, UNISC
    UNISC

Publicado

2021-10-20

Edição

Seção

Ciências Biológicas e da Saúde