PRINCIPAIS SEQUELAS NEUROLÓGICAS DA MENINGITE BACTERIANA EM CRIANÇAS

Autores

  • Janaína Carine Beling UNISC
  • Gabriel Couto Machado UNISC
  • Júlia Carine Mueller UNISC
  • Maria Eduarda Renner UNISC
  • Daniela Cardoso Batista UNISC
  • Ana Luiza Schopf UNISC
  • Caroline Sobreira Gonçalves UNISC
  • Aliandra Saldanha Cunha UNISC
  • Tatiana Kurtz UNISC
  • Isabela Frighetto UNISC

Resumo

INTRODUÇÃO: A meningite é uma doença de notificação compulsória, na qual se destaca a etiologia bacteriana com maior risco de sequelas, principalmente na faixa etária até os 5 anos de idade. Devido aos sintomas inespecíficos, o diagnóstico precoce torna-se imprescindível. Sendo assim, o conhecimento de suas características e  a possibilidade de ocorrência de sequelas neurológicas , precisa ser enfatizado , bem como a importância da vacinação como medida de profilaxia. OBJETIVO: Analisar as principais sequelas neurológicas decorrentes de quadros de meningite bacteriana na população pediátrica. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão da literatura, realizada entre 16 de julho e 02 de agosto,  com artigos em português e inglês nas bases de dados Google Acadêmico, PubMed, Lilacs, Redalyc e SciElo, publicados no período de 2017-2022. Os descritores utilizados foram meningite, meningite bacteriana, sequelas, sintomas neurológicos e crianças, sendo traduzidos também para o inglês nas bases de dados do PubMed e Redalyc. Após as análises foram selecionados 16 artigos, sendo que nas bases Lilacs, SciElo e Redalyc não foram encontrados artigos dentro dos parâmetros estabelecidos. DISCUSSÃO: A meningite bacteriana em crianças possui como principais agentes etiológicos a Neisseria meningitidis, Streptococcus pneumoniae e Haemophilus influenzae, os quais acometem inicialmente a nasofaringe, podendo se disseminar por via hematogênica, contiguidade ou por trauma local. O quadro clínico da meningite pode cursar com sintomas inespecíficos como febre, irritabilidade, letargia, cefaléia, vômitos, que podem contribuir para o atraso do diagnóstico. Além disso, outros sintomas como rigidez de nuca, sinal de Kernig e/ou Brudzinski e petéquias, devem ser criteriosamente analisados, contribuindo para os diagnósticos diferenciais, a exemplo de,  vasculite auto inflamatória, doença de Kawasaki e tumores cerebrais. Estudos ressaltam que crianças menores de 12 meses representam maior risco para desenvolvimento das complicações neurológicas, destacando-se hidrocefalia, ventriculite, derrame subdural, artrite, distúrbio convulsivo e perda auditiva. Independente da idade, 30% dos pacientes evoluem com sequelas neurológicas, desde perda auditiva, atrasos no desenvolvimento e baixo desempenho escolar. Dados referenciam que as sequelas decorrentes da meningite bacteriana estão relacionadas aos agentes etiológicos. Sendo assim , quando o acometimento ocorre pelo Streptococcus pneumoniae -agente mais prevalente-, o acidente vascular cerebral, hidrocefalia, necessidade de derivação ventrículo-peritoneal por neuroinfecção, a paresia espástica e quadriplegia, paresia facial, o atraso no desenvolvimento psicomotor e a deficiência intelectual, se mostraram muito prevalentes. CONCLUSÃO: Atualmente , a meningite bacteriana ainda representa riscos,  principalmente para a população pediátrica, uma vez que a possibilidade de sequelas neurológicas graves tendem a minimizar a qualidade de vida desses indivíduos no futuro. A temática apresenta, portanto, um problema de saúde pública mundial,  com incidência anual  de 4 a 6 casos a cada 100  mil adultos, e reforça a importância da profilaxia realizada por meio da vacinação.

Biografia do Autor

  • Janaína Carine Beling, UNISC
    UNISC
  • Gabriel Couto Machado, UNISC
    UNISC
  • Júlia Carine Mueller, UNISC
    UNISC
  • Maria Eduarda Renner, UNISC
    UNISC
  • Daniela Cardoso Batista, UNISC
    UNISC
  • Ana Luiza Schopf, UNISC
    UNISC
  • Caroline Sobreira Gonçalves, UNISC
    UNISC
  • Aliandra Saldanha Cunha, UNISC
    UNISC
  • Tatiana Kurtz, UNISC
    UNISC
  • Isabela Frighetto, UNISC
    UNISC

Publicado

2022-10-25

Edição

Seção

Ciências Biológicas e da Saúde