PIBID: AUXILIANDO NA FORMAÇÃO DE LICENCIANDOS EM COMPUTAÇÃO

Eduarda Maffei, Fabio Junior Muller, Samanta Ghislen Marques, Marcia Kniphoff Cruz

Resumo


 

A formação de professores é imprescindível para uma educação de qualidade. Com a finalidade de valorizar o magistério e apoiar estudantes de licenciatura das instituições públicas e comunitárias, a Coordenação e Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), através do Ministério da Educação (MEC), desenvolveu o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID). O PIBID objetiva: “concessão de bolsas de iniciação à docência para alunos de cursos de licenciatura e para coordenadores e supervisores.” (BRASIL, MEC, CAPES, 2010). A Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) aderiu ao PIBID em meados de 2010 e como forma de organização do projeto, as Licenciaturas participantes foram agrupados por afinidade, compreendendo cinco subprojetos: sendo 1 - Pedagogia, 2 - Matemática e Computação, 3 - Letras, 4 - Ciências Biológicas, Química e Educação Física e 5 - Filosofia, História e Geografia. O Subprojeto 2 visa atuar diretamente no laboratório de Informática prestando auxílio à aula corrente, incentivando o uso de ferramentas sem fins lucrativos bem como realizando atividades especiais com alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem para potencializar diferentes habilidades e competências. O desenvolvimento do programa se dá através de reuniões, capacitações e roteiros, contando com o auxílio de sala na EaD/UNISC. Dessa forma, os alunos da Universidade, bolsistas PIBID, vão até as escolas e realizam as atividades previamente estruturadas. Até o presente momento, nove roteiros foram efetivados e pretende-se, neste resumo, enfatizar as ações relativas ao roteiro oito, enfocando o trabalho realizado por graduandos da Licenciatura em Computação com alunos da 8ª série do Ensino Fundamental das escolas E.E.E.M Alfredo José Kliemann e EMEF São Canísio. Devido à falta do trabalho efetivo de informática na maioria das escolas, como disciplina integrante do currículo regular, foi planejado para as oitavas séries um mini-curso de informática básica. A metodologia aconteceu através de oficinas desenvolvidas em três etapas: primeiro apresentava-se aos alunos as atividades a serem feitas, após eles realizavam e ao final tecia-se comentários sobre o ocorrido. No primeiro semestre foi trabalhado a evolução computacional, o que é hardware e software, utilização de e-mail e iniciaram-se os trabalhos sobre Editor de Texto. Segundo Castells (1999) As novas tecnologias da informação não são simplesmente ferramentas a serem aplicadas, mas processos a serem desenvolvidos. Assim, o processo de incentivo para a participação das oficinas, que ocorreu através de conversação e envio de bilhetes, foi intenso, mas a princípio, a assiduidade dos estudantes não correspondeu às expectativas. Conclui-se que quando os alunos começaram a frequentar, evidenciaram interesse em aprender, mantiveram um diálogo constante com os bolsistas manifestando conhecimentos básicos sobre a área, no entanto ainda utilizam o computador e principalmente a Internet exclusivamente para comunicação através de sites de relacionamento. É necessário que ocorra a tomada de consciência de que o computador além de ser um instrumento de aprendizagem, poderá ser, no futuro uma ferramenta de trabalho. Com o andamento das atividades, verifica-se que o PIBID contribui muito para a formação dos alunos da graduação, pois mais do que verificar teorias, é através da prática desenvolvida com a comunidade escolar que o licenciando troca saberes agregando experiências para futura docência.

 


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