POESIA: UMA EXPERIÊNCIA VIVENCIADA NA ESCOLA

Carine Elisabete Rachor, Carla Regina Leiffeit, Edilaine Dornelles Rosa, Graziele Andreia Meurer, Helen Clarice Feijo, Angela Cogo Fronckowiak

Resumo


 

Este resumo tem por objetivo relatar as atividades, decorridas entre os meses de setembro de 2010 a julho de 2011, do Subprojeto 3:Letras, no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID, vinculado à UNISC e que visa à melhoria no desempenho das escolas em avaliações como Provinha Brasil, Enem e Prova Brasil. O Subprojeto é formado por vinte e um integrantes e, no total, o projeto engloba cento e cinquenta e um bolsistas, atingindo todas as licenciaturas e cinco escolas da rede municipal e estadual. Na E.E.E.M. Alfredo José Kliemann, participam do subprojeto quatro acadêmicas de Letras. Neste trabalho, discutiremos a poesia e sua importância na constituição de leitores, no desenvolvimento da criatividade, do pensar crítico e da formação para a vida. Percebemos o quanto esse gênero discursivo abre espaços para o trabalho com as turmas de forma agradável as crianças e a nós bolsistas. A poesia tende a mexer com o “eu” interior das pessoas, sejam adultos ou crianças, a partir de suas experiências de vida e através do seu conhecimento de mundo. Muitos de nós nunca tivemos a experiência mágica de ter alguém disposto a declamar, ler de forma simples sem exigir um amontoado de exercícios. Por isso, desde o primeiro contato com os alunos, inserimos a poesia nos planejamentos, para, após, iniciarmos qualquer outra atividade como leitura, dramatização, desenho, escrita etc. Inicialmente, as crianças foram expostas a alguns livros da seleção que cada bolsista fez, após a discussão nos encontros semanais que ocorrem no subprojeto de Letras. Nesta seleção se encontram livros de diversos autores, como Sérgio Caparelli, Vinícius de Moraes, Ana Maria Machado, entre outros. Os alunos demonstraram uma grande aceitação, tanto que, enquanto declamávamos, já se colocavam na fila para também declamarem aos seus colegas e isto independente de saber ler com entonação ou não. Alguns alunos se mantiveram em silêncio e não participaram tão ativamente na declamação de poesias, mas, quando propusemos o desenho como manifestação, não houve um que ficasse sem participar. Todos os alunos registraram de sua maneira a poesia que mais marcou pelo conteúdo, ilustração ou pela rima. Assim, percebemos que a poesia poderia fazer parte das mudanças propostas pelo projeto. Desde então, através dela, e nas cinco escolas envolvidas no PIBID, pudemos perceber o quanto sua apreciação faz o aluno pensar, criar, refletir e se emocionar. A poesia proporciona uma aula cheia de perspectivas tanto para quem declama como para quem ouve. Quem declama tem preocupação em interagir, trazendo assuntos que prendam a atenção dos alunos, surtam debates, produção textual e que, talvez, mesmo não fazendo efeito imediato, possam motivar a expressão de algo novo para o aluno. Quando usamos a poesia para o diálogo, podemos discutir assuntos variados e, principalmente, brincar com as palavras, com a criação e a emoção. De forma parcial, concluímos que as crianças presentes nas atividades propostas criaram um grande vínculo conosco e acrescentaram à sua vida mais gosto pela leitura. Nós, enquanto bolsistas, observamos que ela é uma aliada para ensinar brincando, valorizando o carinho e a atenção. A força de uma aula está em pequenas coisas que podem dar o poder da palavra, da leitura e da escrita às crianças. Como futuros professores nos permitirmos ser para eles o que muitos docentes não conseguiram ser para nós. Acreditamos na educação como caminhada em direção à mudança.

 


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