PASSOS DESAFIADORES NO ENSINO DE POLINÔMIOS: DO CONCRETO AO ABSTRATO
Resumo
As escolas de educação básica fomentam o incentivo e estudo dos conteúdos referentes às áreas do conhecimento, para a formação do cidadão capaz de direcionar suas habilidades e competências diante dos pressupostos cotidianos. A escola necessita prover aos alunos estratégias significativas e transformadoras, que permitam conhecer, escolher e adentrar estudos matemáticos e de outras áreas do conhecimento. Como a álgebra é uma parte da matemática onde a aprendizagem se defronta em conceitos abstratos, transparecendo dificuldades de entendimento e concretização quanto aos conhecimentos específicos desta área, a partir desse fato, as ações centrais do trabalho desenvolvido, na Escola Municipal de Ensino Fundamental São Canisio, tinha como propósito o envolvimento dos discentes provenientes do oitavo ano, em horário extracurricular, tendo como base atividades com material concreto nas oficinas de matemática do PIBID (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência). Visando a construção do laboratório de aprendizagem idealizado pelo programa PIBID, através das oficinas de ensino que se tornam meio de efetivação das ações previstas, onde as mesmas tem o objetivo de propiciar um espaço de construção de conhecimento com alunos que possuem obstáculos a serem vencidos em seu processo de aprendizagem. Essas oficinas geram uma multiplicidade de trocas, seja de conhecimento, de vivências, de experiências e de diálogo que vem acrescentar na relação entre educando e educador. Portanto tomou-se como um passo desafiador a construção de significados algébricos, polinômios, através de material concreto, como Lorenzato (2006, p. 21) defende que o Material Concreto “pode ser um excelente catalisador para o aluno construir o seu saber matemático”; logo uma atividade concreta, dependendo de cada ser, pode favorecer a construção de um pensamento lógico e um aprendizado concreto, também manifesta seu caráter revelador, pois é a partir da análise do curso sequencial da atividade, que se projeta base para uma nova atividade que venha de encontro aos anseios dos estudantes. Inicialmente partiu-se de uma conversação com a professora titular, onde a mesma direcionou os alunos que participariam das oficinas. Desta maneira a metodologia foi elaborada em relação aos anseios expostos pelos alunos, que no momento era a aprendizagem de conceitos algébricos, assim para que a visualização de expressões algébricas oferecesse um significado mais contundente agregou-se, aos conceitos algébricos, a geometria euclidiana como facilitador na construção de significações concretas. O processo construtivo de significações ainda se constitui em andamento, onde os resultados específicos são variáveis ainda não expressivas quanto a sua totalidade. O que se pode manifestar é que durante as oficinas os alunos demonstraram compreensão, interesse e empenho, mas também se percebeu que os alunos, em vários momentos, demonstravam a falta de opinião, de criticidade e de tomada de decisões. Os alunos participantes foram fundamentais no desenvolvimento das ações no laboratório, pois tudo era construído com eles e para eles, tendo em vista as considerações da professora titular a respeito das necessidades de cada aluno e as manifestações de cada aluno realizadas através de enquetes em cada término de atividade.
Apontamentos
- Não há apontamentos.