AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE IN VITRO ATRAVÉS DO MÉTODO DE DPPH DE CINCO EXTRATOS DE TRIPODANTHUS ACUTIFOLIUS (RUIZ E PAVÓN) VAN TIEGHEM E DE SEUS HOSPEDEIROS

CHANA DE MEDEIROS DA SILVA, CAMILA DE AGUIAR MELO

Resumo


Tripodanthus acutifolius (Ruiz e Pavón) Tieghem pertence à família Loranthaceae e é popularmente conhecida por Erva-de-passarinho, por ter os pássaros como principais agentes disseminadores de suas sementes. É uma planta hemiparasita, sendo capaz de realizar a fotossíntese, metabolizando as substâncias orgânicas necessárias para o seu desenvolvimento, e através da fixação de raízes modificadas, denominadas haustórios, retira água e sais minerais das espécies parasitadas. Apesar dos prejuízos causados aos seus hospedeiros, a Erva-de-passarinho é muito utilizada na cultura popular para uma série de enfermidades, principalmente para infecções respiratórias, regulação da glicemia e ansiolítico, sendo que pesquisas já evidenciaram efeitos anti-inflamatórios, antimicrobianos, hemostáticos e antioxidantes. Os radicais livres são átomos ou moléculas que apresentam um não emparelhamento na última camada eletrônica lhe conferindo uma alta reatividade, ocasionando danos aos componentes celulares. Sendo assim, os antioxidantes são substâncias que se presentes em baixas concentrações, quando comparados ao substrato oxidável, possuem a função de inibir ou atrasar a oxidação deste, evitando e prevenindo danos às células. Para tanto, este trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antioxidante de cinco diferentes coletas de Tripodanthus acutifolius e de seus respectivos hospedeiros, analisando se a atividade antioxidante atribuída ao hospedeiro interfere na atividade do parasita. A atividade antioxidante foi determinada pelo método de sequestro do radical 2,2-difenil-1-picril-hidrazila (DPPH), um reagente de coloração violeta que absorve a 515 nm; quando em contato com uma substância antioxidante, ocorre a estabilização deste radical formando difenil-picril-hidrazila de coloração amarela; as amostras foram avaliadas nas concentrações de 500, 250, 125, 50, 25, 10 e 5 μg/mL, utilizando-se como controle positivo o ácido ascórbico (Vitamina C) nas mesmas concentrações. Todas as amostras em cada concentração foram lidas em duplicata em espectrofotômetro UV-Vis no comprimento de ondas de 515nm nos tempos de 15 e 30 minutos após a adição do DPPH. T. acutifolius apresentou satisfatória atividade antioxidante em ambos os tempos, com uma crescente da atividade proporcional a concentração, caracterizando uma relação dose-dependente também atribuída ao controle positivo (Vitamina C). Os hospedeiros Citrus sinensis, Citrus aurantium e Melia azedarach obtiveram insatisfatória atividade nos tempos de 15 e 30 minutos em todas as concentrações analisadas, já os hospedeiros Ligustrum lucidum e Pyrus communis vieram a apresentar relevante atividade principalmente nas concentrações de 500 e 250 μg/mL em ambos os tempos analisados. Concluiu-se que a atividade antioxidante do hospedeiro não interferiu na do parasita, uma vez que se observou atividade para apenas dois dos cinco hospedeiros (L. lucidum e P. communis). Os extratos metabólicos das diferentes coletas de T.acutifolius obtiveram valores de CI50 próximos aos da vitamina C, atribuindo aos extratos uma importante capacidade sequestradora do radical DPPH.


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