PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA AIDS EM DE SANTA CRUZ DO SUL- RS
Resumo
O vírus da imunodeficiência humana (HIV) ataca o sistema imunológico da pessoa infectada, principalmente as células TCD4+. Ele altera o DNA dessas células podendo assim se multiplicar. A partir daí, a pessoa tem suas defesas enfraquecidas, ficando mais vulnerável a outras doença. Segundo entidades vinculadas as Nações Unidas, em 2000, 1,3 milhões de mulheres morreram de Aids em todo mundo. E em 2001, havia no mundo 16,4 milhões de mulheres infectadas por HIV ou com Aids. Já em 2003, conforme trabalho da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em parceria com o Ministério da Saúde, a proporção de casos entre homens e mulheres estava quase de um para um. Nos EUA, a AIDS já chega a ser a quarta causa de morte entre mulheres. Analisando-se o Boletim Epidemiológico Aids/DST percebe-se que em geral, houve um aumento no número de casos em mulheres eno Brasil no período de 1989 a 2009. Em 1989, a razão era de cerca de 6 casos de aids no sexo masculino para cada 1 caso no sexo feminino. Pesquisas demonstram que outras DSTs, como sífilis e tricomoníase facilitam a propagação do vírus da AIDS, aumentando em até 18 vezes a chance de transmissão do HIV. O uso de drogas injetáveis é também uma das principais fontes de transmissão do vírus, devido ao compartilhamento de seringas e agulhas ou então por meio de relações sexuais sem uso do preservativo. A vulnerabilidade ligada a faixa etária juvenil se explica por existirem fatores externos (mídia, entretenimento, religião, além da própria relação entre os jovens) que acabam influenciando o comportamento de adolescentes e jovens. Neste trabalho, com o objetivo de estudar o perfil epidemiológico de Santa Cruz do Sul-RS, o estudo foi realizado a partir de uma pesquisa de coorte retrospectiva por meio de dados coletados no Centro de atendimento à sorologia (Cemas de Santa Cruz do Sul). Foram quantificados os novos casos diagnosticados de HIV/AIDS em mulheres e homens do ano de 2009 até o ano de 2011. Os dados foram discriminados por faixas etárias e por sexo. Devido à dificuldade de coleta dos dados, por sigilo do sistema em não apresentar características pessoais das pessoas infectadas nesse período de três anos, optou-se por buscar os demais dados no DataSUS para melhor analisar o perfil da comunidade santa-cruzense. O Cemas está presente em Santa Cruz do sul desde 1995 auxiliando na prevenção, rastreamento, diagnóstico e suporte necessário ao tratamento contra as DSTs, em especial o HIV/AIDS. A captação dos dados pelo Cemas é feita através do recolhimento das informações dos prontuários que são oferecidas pelos postos de saúde da cidade, mas também há o cadastro de pacientes que realizam exames de DSTs. Observa-se na população estudada que a proporção de casos distribuídos entre os sexos foi aproximadamente constante em cada faixa etária nos anos 2009 e 2010 e uma nítida mudança no padrão epidemiológico em 2011. Observa-se uma juvenilização da epidemia neste ano, em que a AIDS é mais prevalente no adulto jovem, principalmente nos indivíduos de 22 a 31 anos. A faixa etária dos 32-41 anos mantém-se como a que apresenta maiores coeficientes de incidência em todo o período estudado. Aplicando o teste t de Student com um grau de aceitação de 5%, verifica-se que homens e mulheres infectados com o vírus em 2011 e o total de habitantes homens e mulheres no mesmo ano, não apresentam diferenças significativas em proporção de ocorrências.
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