DIAGNÓSTICO DE SÍFILIS POR VDRL: PREVALÊNCIA DO EFEITO PROZONANA SOROLOGIA DE INDIVÍDUOS DOS VALES DO RIO PARDO E TAQUARI

DANIELA BECKER, DANIELLY JOANI BULLÉ, JANE DAGMAR POLLO RENNER, DANIELI LUIZA JUNG

Resumo


Introdução: A sífilis é uma doença infecciosa sistêmica causada pela bactéria espiroqueta Treponema pallidum, subespécie pallidum. Segundo o Ministério da Saúde, a manifestação pode ocorrer em três estágios. Os principais sintomas ocorrem nas duas primeiras fases, período mais contagioso da doença. A terceira fase pode não apresentar sintoma e, por isso, dá a falsa impressão de cura da doença. Todas as pessoas sexualmente ativas devem fazer o teste para diagnosticar a doença, principalmente as gestantes, uma vez que a sífilis congênita pode causar aborto, má formação do feto e/ou morte ao nascer. Os métodos de diagnóstico laboratorial da sífilis incluem os testes não-treponêmicos, como por exemplo, a sorologia VDRL (Veneral Diseases Research Laboratory) e, os testes treponêmicos, como por exemplo, a sorologia por imunofluorescência indireta FTA-abs (fluorescent treponemal antibody-absorption). O VDRL é muito utilizado no Brasil por sua alta sensibilidade na sífilis do adulto, e alta especificidade na sífilis congênita, por ter baixo custo e fácil execução, podendo ser usado para o acompanhamento dos casos tratados, sendo avaliador de cura sorológica. As principais desvantagens referem-se aos resultados falso-positivos e falso-negativos. Resultados falso-negativos podem ser encontrados na fase inicial de cancro duro, na sífilis latente tardia e na sífilis tardia ou como resultado do efeito prozona. O efeito prozona pode ocorrer em 1% a 2% dos pacientes, especialmente no estágio de sífilis recente e durante a gravidez. Objetivo: Sabendo da importância do efeito prozona, o objetivo desta pesquisa é avaliar a prevalência do efeito prozona nas determinações de VDRL nos soros dos indivíduos, encaminhados ao Laboratório Regional de Santa Cruz do Sul - DILASP/IPB-LACEN - RS, no período de Abril à Maio de 2013. Metodologia: Foi realizado um estudo descritivo-analítico transversal e observacional, em que foram analisadas 2018 amostras pelo método VDRL, para o diagnóstico de sífilis e posterior confirmação dos títulos baixos (⤠1:4) pelo método Imunoblot. Resultados: Foram encontradas 68 amostras positivas, das quais 49 foram mulheres e destas 38 gestantes, sendo que 68 amostras foram positivas, das quais 49 foram mulheres e, destas, 38 gestantes. A reação de VDRL não apresentou efeito prozona. As 32 amostras que apresentaram titulações ⤠1:4 foram confirmadas por método treponêmico obtendo-se 6 falsos positivos, dos quais 4 foram gestantes. Conclusão: Apesar de não ter encontrado nenhuma prozona neste estudo, concluiu-se que os resultados pelo método de VDRL devem ser confirmados com um teste treponêmico.


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