ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO: RISCOS E PREVENÇÃO

MARISTELA SOARES DE REZENDE, CATIUCE DA SILVA PEDROSO, LETICIA MOLZ RODRIGUES

Resumo


Atualmente, o acidente vascular encefálico (AVE) trata-se da principal causa de incapacidade grave em longo prazo, ocasionando uma sobrecarga econômica e emocional tanto para os pacientes como para os familiares (SMELTZER, 2011). O AVE é definido como a interrupção súbita da circulação cerebral devido a um bloqueio ou rompimento de um ou mais vasos sanguíneos, sendo classificado dessa forma em isquêmico ou hemorrágico (KRÖGER, 2010). O AVE pode trazer sequelas temporárias ou permanentes, dependendo da área atingida, de sua extensão e início do tratamento. Essas sequelas podem impedir a pessoa de manter o estilo de vida anterior, prejudicar sua mobilidade, fala, audição, visão, entre outros, e, inclusive provocar a morte. Como consequência dos comprometimentos físicos, ocorrem sobrecargas econômicas, sociais e emocionais, uma vez que o indivíduo pode não exercer mais a sua profissão e ter dificuldades para manter as relações com o meio social (PADILHA, 2010). Entende-se, portanto, que as implicações dessa doença não atingem apenas o indivíduo, mas o meio em que este está inserido, ou seja, sua família e sua comunidade. Frente ao exposto, esse trabalho tem o objetivo de expor os fatores predisponentes do acidente vascular encefálico e as formas de prevenção. Cabe destacar que esse trabalho é uma revisão bibliográfica, originado de um estudo acadêmico que foi apresentado na disciplina teórica de Enfermagem em Terapia Intensiva do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade de Santa Cruz do Sul. Dentre os fatores extrínsecos ou controláveis identificados, nesse estudo, se destacam: tabagismo, diabetes mellitus, obesidade, etilismo, uso de drogas ilícitas e doenças cardiovasculares.Já os fatores intrínsecos ou não controláveis são: idade, sexo, raça e hereditariedade. A causa mais comum do AVE é a hipertensão arterial e quando a mesma é associada com outros fatores aumenta o risco de desenvolver o agravo. Identificou-se como medidas preventivas uma nutrição adequada, principalmente, para os idosos, com um consumo adequado de calorias, de gorduras, sal, açúcares refinados e álcool. Realizar atividade física regularmente e manter hábitos saudáveis contribuem para melhorar a função cardiovascular, diminuindo o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Apesar do elevado número de fatores predisponentes extrínsecos, através da prevenção primária, o AVE pode ser controlado e evitado (POTTER, 2012). Como essa doença interfere nos planos biopsicossocial e econômico do indivíduo, compromete de forma significativa o desenvolvimento da comunidade. Portanto, entende-se, como parte da comunidade acadêmica, a importância de destacar o valor da educação em saúde na promoção da saúde, na prevenção dessa doença e na reabilitação do indivíduo acometido pela mesma, bem como instigar a reflexão quanto ao tema, denotando o comprometimento com a comunidade.

KRÖGER, Márcia M. Araújo; BIANCHINI, Suzana Maria (Org.). Enfermagem em terapia intensiva: do ambiente da unidade à assistência ao paciente. 1. ed. São Paulo: Martinari, 2010. 432 p.

PADILHA, Katia Grillo (Org.). Enfermagem em UTI: cuidando do paciente crítico. 1. ed. Barueri: ABEN, 2010. 1446 p.

POTTER, P. A. Fundamentos de Enfermagem. Traduzido por Maria Inês Corrêa Nascimento - Rio de Janeiro: ELSEVIER, 2012.

SMELTZER, Suzanne C. Brunner & Suddarth: tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. 2 v.


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