ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA NA DISTROFIA MUSCULAR DE DUCHENNE: RELATO DE UM CASO
Resumo
Introdução: A Distrofia Muscular Duchenne (DMD) é uma doença hereditária que envolve uma fraqueza muscular que piora rapidamente e é causada por um gene defeituoso, a distrofina, uma proteína dos músculos. A DMD normalmente ocorre em pessoas com um histórico familiar conhecido da doença. Devido à forma como a doença é herdada, os homens têm maior probabilidade de desenvolver os sintomas do que as mulheres. Cada filho homem de mulheres portadoras da doença (mulheres com um gene defeituoso, porém assintomáticas) tem 50% de chances de ter a doença. Cada filha tem 50% de chances de ser portadora. A distrofia muscular de Duchenne ocorre em aproximadamente 1 em cada 3.600 meninos. A causa da morte é frequentemente relacionada às complicações cardiomiopáticas ou complicações respiratórias. Estima-se que 55% a 90% dos pacientes com DMD morrem por insuficiência respiratória entre 16 e 19 anos, e raramente após os 25 anos de idade. A infecção pulmonar e/ou insuficiência respiratória são as causas mais frequentes de óbito, ocorrendo em 75% dos casos. Objetivo: Verificar os efeitos de uma proposta terapêutica de fisioterapia para um paciente portador de Distrofia Muscular de Duchenne junto ao Serviço de Reabilitação Física - Nível Intermediário. Metodologia: Este estudo se caracteriza por ser um estudo de caso individual, do tipo observacional exploratório a partir de propostas terapêuticas e dados obtidos nas sessões de fisioterapia realizadas com um sujeito. Principais Resultados: A partir da prática da abordagem fisioterapêutica, observou-se que quanto mais tardio acontecer a intervenção mais problemas de saúde terá o portador. A. B., 13 anos, sexo masculino, chegou para seu primeiro atendimento em cadeira de rodas, disposto e colaborativo. Relatou que mora em um chalé com mais quatro irmãos, dois do sexo feminino e dois do sexo masculino, com sua mãe e seu pai. Ao ser avaliado, sujeito já apresentava deformidades significativas de joelhos direito e esquerdo flexionados e inversão e flexão plantar de tornozelos bilateralmente pelo fato de possuir encurtamento muscular. Além disso, foi notado que o paciente utilizava os músculos acessórios na respiração. Contudo, realizamos objetivos a fim de retardar as deformidades físicas como encurtamentos musculares, manter o nível de força e contração muscular o maior tempo possível, treinar a respiração diafragmática retardando as incapacidades respiratórias, e, fazer o uso de dispositivos como órteses, assim como treiná-lo para realizar suas atividades de vida diária, para aumentar o tempo de independência do sujeito. Conclusão: Considerando que o sujeito portador de DMD é um paciente difícil de obter melhora e que apenas manter o seu estado de saúde já é satisfatório, observou-se que o sujeito passou a usar os músculos primários em sua respiração, principalmente o diafragma, sendo assim melhorando sua capacidade respiratória. O rendimento do sujeito diante de suas atividades de vida diária melhorou. A força muscular que o sujeito possuía, sendo pouca, foi mantida, assim como sua amplitude de movimento. Os encurtamentos musculares não tiveram melhoras, mas foram mantidos, permitindo assim que o sujeito continue utilizando cadeira de rodas para se locomover. Contudo, a maioria dos aspectos foram mantidos ou melhorados, fazendo com que a progressão da doença se torne mais lenta e demonstrando a importância da fisioterapia neste tipo de lesão.
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