PREVALÊNCIA DE GORDURA ABDOMINAL EM IDOSOS ATENDIDOS NO PROJETO PROMOÇÃO DA SAÚDE NO ENVELHECIMENTO NA UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL- UNISC

MICHELE SANTANA KUDRNA, KASSIANE EISENHARDT LOPES, KATLEN GABRIELE SCHMIDT, MARILEUSA DOS SANTOS LIMA, VANESSA LIMBERGER, FRANCISCA MARIA ASSMANN WICHMANN, NESTOR PEDRO ROOS

Resumo


O aumento da gordura abdominal é um dos mais graves fatores de risco cardiovascular, de resistência à insulina, hipertensão arterial, dislipidemias, entre outras. As dislipidemias são representadas, principalmente, por níveis elevados nas frações de LDL-colesterol e baixos níveis de HDL-colesterol. O acúmulo de gordura abdominal é um distúrbio nutricional, cuja prevalência e incidência têm aumentado na população, inclusive em idosos, e podem resultar em complicações de saúde, constituindo tema relevante, no âmbito da saúde pública. Objetivos: Verificar a prevalência de gordura abdominal em idosos com idade igual ou superior a 60 anos, portadores de diabetes melitus e hipertensão arterial. Metodologia: Caracteriza-se por um estudo retrospectivo que envolveu 35 idosos na sua maioria mulheres, a coleta de dados foi realizada de fevereiro a julho de 2013, as variáveis utilizadas dos prontuários dos pacientes foram Circunferência Abdominal(CA), idade e sexo. Os pacientes foram submetidos à avaliação da circunferência abdominal através da avaliação antropométrica, segundo as padronizações da International Society for Advancement inKinanthropometry-ISAK (fita métrica flexível e inelástica - CARDIOMED). O presente estudo adotou os pontos de cortes preconizados por Lean (1995), de acordo com o grau de risco para doenças cardiovasculares: risco aumentado= CA>80 cm para mulheres e CA>94 cm para homens; e risco muito aumentado= CA>88 cm para mulheres e CA>102 cm para homens. A tabulação dos dados foi feita no programa Excel 2013. Resultados: Foram apresentados valores médios de CA de 98,5cm, 101,5 cm entre os idosos do sexo masculino (7) e 97,7cm entre idosos do sexo feminino (28). Observou-se que 77% encontrava-se com risco muito aumentado e 17% risco aumentado. As doenças de maior frequência nos pacientes deste estudo foram hipertensão arterial (94%), Diabetes Mellitus (65%). Considerando a tendência crescente da gordura abdominal na população estudada e a sua associação com fatores de risco cardiovasculares reforça-se nesse estudo, a necessidade de intervenções precoces visando acompanhamento nutricional, programas de atividade física a fim de possibilitar uma medida de intervenção eficaz para promoção da saúde nesta população. Conclusão: Ficou notável que a prevalência de obesidade bem como riscos para doenças cardiovasculares nas idosas, que mais estudos são necessários, tendo em vista que com o avançar da idade ocorre aumento significativo de gordura abdominal.


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