QUADRICULANDO HISTÓRIAS: OS GIBIS NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

Resumo

Participantes: THAIS FRANCIELI LOPES E VANESSA DE SOUUZA LIMBERGER (Bolsistas Pibid/UNISC)

Orientadora: Ms CARLA LAVÍNIA PACHECO DA ROSA (Coordenadora do Subprojeto 1- Pedagogia no Pibid/ Unisc).

Este resumo apresenta uma experiência desenvolvida através da parceria entre duas escolas do município de Santa Cruz do Sul, participantes do PIBID (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência). Os educandários envolvidos no projeto são a Escola Municipal de Ensino Fundamental São Canísio e a Escola de Ensino Médio Santa Cruz. O trabalho foi realizado em turmas de 3º ano e 1º ano. Em nossas reuniões, realizadas todas as quintas-feiras, surgiu a ideia de organizarmos a "Gibiteca". Ela consiste em cinco bolsas compostas por gibis diversos. O objetivo é passar a "Gibiteca" por todas as escolas nas quais o subprojeto de Pedagogia acontece, como um suporte para o trabalho de leitura e alfabetização. A partir dessa proposta, iniciamos individualmente o processo de exploração livre do material. Com isso, percebeu-se o interesse dos alunos por esse tipo de texto que tem a particularidade de unir duas formas de expressão cultural: a palavra e a imagem. Desse modo, o gibi consegue contemplar todos os níveis de alfabetização, os que leem e os que estão iniciando. Alguns conseguem entender o significado da história lendo diretamente e outros observando a imagem. A partir disso, planejamos o trabalho com o intuito de criar histórias em quadrinhos para um gibi confeccionado pela turma para que pudesse transitar entre as escolas e ser lido por outras crianças. Iniciamos os trabalhos com tirinhas que foram retiradas de histórias que pertencem à Gibiteca da Pedagogia. Estas, compostas apenas de imagens e balões, sem falas, onde as crianças criaram novas histórias. Para isso, trabalhamos os diversos tipos de balões e as onomatopeias, como "ploft" e "grrr", que também são importantes para facilitar a compreensão de diversas situações e emoções. Só de olhar é possível saber se um personagem está pensando, gritando ou conversando. Foram planejadas situações desafiadoras, nas quais as crianças foram soltando a sua imaginação e começaram a escrever suas histórias, envolvendo suas vivências e preferências em relação a esse tipo de texto. Também foi enfocada a questão da imagem e que ela é parte da história. Para isso, foi trabalhada a relação entre texto e desenho e a necessidade de expressão estampada nos personagens. Além disso, a ortografia das palavras foi colocada em discussão e dúvidas das crianças puderam ser sanadas. As crianças se colocaram no lugar de "autores" e consequentemente, precisaram pensar nos seus "futuros leitores" e com isso entender as diferenças de escrever cada tipo de texto. Depois de as histórias terem sido finalizadas, as mesmas foram socializadas com os colegas de turma, num momento intitulado "Roda dos HQs". Em seguida, todas as histórias foram encadernadas e formaram os gibis que foram para a Gibiteca para serem trocados.