CUIDADOS COM ACESSOS VASCULARES EM PORTADORES DE INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA

LIANE TERESINHA SCHUH PAULI, ALICE ADRIANA SIMOES SPIEGEL

Resumo


A presente monografia aborda o tratamento dos pacientes com Insuficiência Renal Crônica. O estudo tem por objetivo conhecer os cuidados com o acesso vascular realizado pelo paciente renal crônico e a atuação da equipe de enfermagem nesses cuidados e, ainda, identificar os tipos de acesso vascular e quais as orientações de cuidados que são recebidos e realizados pelos pacientes. Metodologia: trata-se de um estudo descritivo e exploratório, de abordagem qualitativa, que ocorreu em uma clínica de tratamentos diáliticos, que está situada na região do Vale do Rio Pardo. Como critério de inclusão priorizou-se ser paciente Renal Crônico; possuir complicações com o acesso vascular; apresentar condições de hemodinâmica e de verbalização. E, para critérios de inclusão da equipe de enfermagem, trabalhar na referida clínica. A coleta de dados ocorreu no período de 25 de março a 8 de maio de 2013, nos turnos da manhã e tarde. Participaram 26 pacientes e 15 profissionais da equipe de enfermagem. As perguntas eram individuais e aplicadas através de um questionário semi-estruturado, sendo um questionário destinado à equipe de enfermagem e outro aos pacientes. O questionário foi aplicado aos participantes mediante assinatura do Termo de Consentimento Livre Esclarecido pelo participante e pela pesquisadora, em duas vias: uma destinada ao sujeito e outra à pesquisadora. A organização e análise dos dados foi feita de forma categorial, dividida em duas etapas: pacientes e equipe de enfermagem, identificando-se as seguintes categorias: o autocuidado com os acessos vasculares e a enfermagem na educação em saúde. Os dados foram apresentados em porcentagens. Resultados da pesquisa: 85,60% dos pacientes sabem o que é diálise; 76,9% foram orientados; 80,76% tiveram as orientações dadas por médico e enfermeira; 54,84% não sabe o motivo das complicações; 84,60% buscam informações apenas na clínica; cuidados que os pacientes observam: 53,84% não carrega peso; 38,50% não verifica a PA; 34,61% não molha o curativo. Perguntas para a equipe de enfermagem: 100% da equipe disse que existe uma consulta de enfermagem; 73,30% respondeu que os curativos são feitos pelos técnicos; 100% da equipe respondeu que a taxa de infecção é baixa; 73,30% disse que quando que existe um protocolo de cuidados; 93,30% dos profissionais orientam os pacientes sobre auto cuidado; 93,3% destas orientações são feitas pela equipe; 100% respondeu que familiares recebem as mesmas orientações. E os cuidados mais orientados são: 66,6% - evitar carregar e erguer peso; 60% - não molhar o curativo; 26,6% - não deixar de verificar PA. Considerações finais: o estudo permitiu conhecer os cuidados que os pacientes têm com o acesso vascular, os tipos de acesso, bem como o conhecimento sobre o assunto. Verificou-se déficit de conhecimento sobre as complicações com o acesso vascular por parte dos pacientes. Detectou-se que os pacientes apresentaram conhecimento satisfatório com relação aos cuidados com o acesso vascular, mostrando que os profissionais de saúde repassam as devidas orientações para o autocuidado individual e coletivo para o paciente. Pode-se considerar também que, ao serem repassadas às orientações, estes reconhecem a importância dos cuidados com acesso vascular para continuidade do seu tratamento. Acredita-se que o conhecimento da realidade investigada venha a contribuir com as ações de enfermagem e com cuidados de saúde.


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