O BRINCAR COMO ELEMENTO FACILITADOR NO PROCESSO DE HOSPITALIZAÇÃO

CAROLINE LUCIA STULP, CLAUDIA DANIELA BARBIAN, SERGIO ALEXANDRO DA TRINDADE DE OLIVEIRA, MARTHA HELENA SEGATTO PEREIRA

Resumo


Introdução: O emprego da recreação no âmbito hospitalar começou a entrar em evidência na atualidade, através de estudos e pesquisas científicas que constataram inúmeros benefícios. A recreação como proposta terapêutica visa a melhoria da saúde, através das manifestações de bem-estar, prazer e satisfação, conseguidas por atividades de aspecto lúdico, as quais conciliam a diversão e a terapia através de atividades e dinâmicas estabelecidas conforme a necessidade de cada paciente como também facilita a integração do paciente ao ambiente hospitalar. Desta forma, o brincar tem importância pela sua função terapêutica, surgindo como um elemento facilitador no processo de hospitalização, pois atua na modificação do ambiente, minimizando os efeitos negativos. Quando a criança doente brinca, há um relaxamento proveniente dessa atividade, o qual diminui a tensão e aumenta a sensação de um corpo ativo e prazeroso, que realiza atividades a seu modo, o que repercute em todo o seu bem-estar. Objetivo: Relatar as atividades desenvolvidas pelo projeto extensionista denominado 223Projeto Atenção à Criança e ao Adolescente224, realizadas no Hospital Santa Cruz (HSC) e Hospital São Sebastião Mártir de Venâncio Aires, por acadêmicos do curso de Educação Física da Universidade de Santa Cruz do Sul. Metodologia: São desenvolvidas atividades diárias tanto na sala de recreação, quanto nos quartos e corredores da ala pediátrica, as quais são lúdico-recreativas para os pacientes internados pelo Sistema Único de Saúde como também aos visitantes e pacientes particulares. Durante os meses de março a agosto de 2014 foram realizados registros das atividades lúdico-recreativas desenvolvidas, do número de crianças e adolescentes atendidos na sala de recreação, e da quantidade de empréstimos de brinquedos e materiais pedagógicos para pacientes que não conseguem deslocar-se até a sala por decorrência das limitações da doença. Resultados: Percebemos que as atividades auxiliam para o desenvolvimento infantil, em suas diferentes áreas: motora, através de desenhos e pinturas, e montagem de jogos de encaixe; cognitiva, através dos acervos literários disponibilizados e dos jogos pedagógicos como memória, quebra-cabeça, dama e dominó; e240afetiva, através da socialização e convivência com outras crianças, assim como a exacerbação do vínculo pai-filho. Deste modo, o processo de desenvolvimento da criança mantém seu processo e, melhor, é estimulado através de atividades selecionadas para cada faixa etária e nível de desenvolvimento de habilidades. Em datas festivas como Páscoa, São João, Dia das Crianças, Dia das Mães, Natal, entre outros, são realizadas atividades para comemoração e confraternização. Quanto ao número de usuários da sala de recreação, este foi de 443 no período, sendo eles de crianças e adolescentes internados e visitantes dos pacientes, e o número de empréstimos aos leitos foi de 151. Também é realizada diariamente a higienização de todos os materiais utilizados com álcool 70%, visando o auxílio no controle da disseminação de bactérias. Conclusão: A existência de uma sala de recreação em instituições como hospitais e centros de saúde é de fundamental importância para que as crianças e adolescentes tenham garantido o direito de desfrutar de alguma forma de recreação, de acordo com o240Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente e também aprovado pela Sociedade Brasileira de Pediatria.


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