ESTADO NUTRICIONAL DE ESCOLARES DO 6º E 7º ANO DE DUAS ESCOLAS PÚBLICAS DE VERA CRUZ 226 RS: UM ESTUDO DO PET-SAÚDE - REDE CEGONHA

ANNE WINCK DA ROSA, CARINA GARCIA, VAGNER GIOVANI MARTINS DE OLIVEIRA, DANIELA ELÂINE ROEHRS SCHNEIDER, JANINE KOEPP, LIA GONCALVES POSSUELO

Resumo


Introdução: A adolescência é uma fase da vida, na qual se verifica um intenso e rápido desenvolvimento do corpo, aproximadamente 25% da estatura final do indivíduo e até 50% do seu peso definitivo são adquiridos na adolescência. O peso e a altura observados neste período podem ser influenciados por fatores genéticos, ambientais, nutricionais, sociais e psicológicos. A alimentação da maioria dos adolescentes é pobre em nutrientes fundamentais nesta fase do ciclo da vida, que demanda aumento calórico e também qualidade nutricional da dieta para que o crescimento ocorra de maneira adequada e segura. A inadequação dos hábitos alimentares contribui tanto para o baixo peso quanto para os excessos nutricionais, assim como para o aparecimento precoce de doenças crônicas não transmissíveis. Reconhecidamente, há a necessidade de monitorar o estado nutricional dos adolescentes, uma vez que, em todo o mundo, constata-se o aumento do excesso de peso e, por isso, tem se elevado o risco de morbidades relacionadas a esta condição. Objetivo: Avaliar o estado nutricional de uma amostra de escolares do ensino fundamental de duas escolas públicas do município de Vera Cruz - RS. Metodologia: Trata-se de um estudo quantitativo realizado pelo Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) 226 Redes de Atenção - Rede Cegonha, composto por uma amostra de 94 escolares, sendo 54 (57,45%) do sexo feminino e 40 (42,55%) do sexo masculino, com idade entre 10 e 14 anos, integrantes das turmas do 6º ano A e B da Escola Estadual de Ensino Médio Vera Cruz e os escolares pertencentes às turmas do 6º ano A e B e 7º ano B da Escola Estadual de Ensino Fundamental Paraguaçu, do município de Vera Cruz/RS. As medidas antropométricas foram aferidas pelos bolsistas do PET-Saúde, durante o mês de abril de 2014, para a posterior avaliação do estado nutricional dos escolares, através do cálculo do índice de massa corporal (IMC), que possibilita o diagnóstico tanto do baixo peso quanto da obesidade. O IMC é bastante utilizado, principalmente em estudos populacionais, devido ao baixo custo, à simplicidade para a aferição das medidas antropométricas e240à sua reprodutibilidade. Para a classificação do IMC para idade, se utilizou duas Curvas de Crescimento, uma para meninos e outra para meninas de 5 a 19 anos da Organização Mundial da Saúde (OMS, 2007). Resultados: Realizou-se a avaliação nutricional de 94 escolares, sendo que 54 (57,45%) eram do sexo feminino e 40 (42,55%) do sexo masculino. Segundo o IMC para idade, os adolescentes obtiveram a seguinte classificação: 2 (2,14%) com magreza240 acentuada, 2 (2,14%) com magreza, 54 (57,45%) com eutrofia, 17 (18,06%) com sobrepeso e 19 (20,21%) com obesidade. Conclusão: A avaliação nutricional dos escolares mostrou que o índice de sobrepeso e obesidade é alto entre os adolescentes, o que é preocupante, pois é um fator de risco para a hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, dislipidemias, entre outras doenças.240 Por isso, é importante a abordagem da equipe multidisciplinar na escola para o planejamento de intervenções, incluindo estratégias de educação alimentar e nutricional para a promoção da saúde e prevenção da obesidade.240


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