AGRAVOS À SAÚDE NO TRABALHO: UM ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO NO MUNICÍPIO DE VENÂNCIO AIRES/RS

MARINA RIPPEL KROTH, ROBERTA CRUZ DOS SANTOS, CRISTINA TELLES SILVA, SUZANE BEATRIZ FRANTZ KRUG, MARCOS MOURA BAPTISTA DOS SANTOS

Resumo


INTRODUÇÃO: A Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora tem como finalidade definir os princípios, as diretrizes e as estratégias a serem observadas pelas três esferas de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), para o desenvolvimento da atenção integral à saúde do trabalhador, com ênfase na vigilância, visando a promoção e a proteção da saúde dos trabalhadores e a redução da morbimortalidade decorrente dos modelos de desenvolvimento e dos processos produtivos. Com o intuito de contribuir com esta política, o Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde 226 PET Saúde/ Vigilância em Saúde no projeto de Saúde do Trabalhador vêm realizando investigações sobre os agravos à saúde no trabalho no município de Venâncio Aires, e, neste trabalho, vem apresentar dados parciais destas pesquisas. OBJETIVO: Investigar o perfil dos casos de agravos à saúde no trabalho, no município de Venâncio Aires. METODOLOGIA: Estudo documental, retrospectivo, epidemiológico. Os dados foram coletados através de um questionário, preenchido conforme informações dos Relatórios Individuais de Notificação de Agravos (RINA), tabulados no programa Excel e analisados em frequências absolutas e relativas. RESULTADOS: Foram encontrados 319 casos, apresentando as seguintes características: quanto à idade: a maioria dos trabalhadores situou-se na faixa etária entre 18 e 28 anos (47%) e de 29 a 39 anos (27%); na variável sexo, a predominância foi do sexo masculino, com 76% do total; em relação à cor da pele, foi predominante a branca, com 92%, seguida da parda, com 3%; sobre a escolaridade dos trabalhadores, os dados mais significativos que obtivemos foi que 35% possui Ensino Fundamental Incompleto e 28% tem Ensino Médio Completo; quanto ao município que residem, a maioria (93%) mora em Venâncio Aires. O local onde mais ocorreram agravos foi o próprio local de trabalho, representando 86% do total, seguido do acidente de trajeto com 13%. As profissões mais acometidas foram: os Beneficiadores de fumo (13%), os Técnicos em Metalurgia (8%) e os Magarefes e afins (8%). O primeiro atendimento, na maioria das vezes, ocorreu no hospital, correspondendo a 97% do total. O agravo de maior prevalência foi o Ferimento do punho e da mão, com 41% do total. CONCLUSÃO: Após visualizar os dados obtidos, foi possível identificar as características de maior prevalência no perfil dos casos de agravos no trabalho. A partir disso, se torna viável uma análise mais profunda, buscando relacionar estas características com os acontecimentos dos agravos, bem como o desenvolvimento de ações de prevenção deste tipo de acidentes e patologias, através do conhecimento do perfil destes profissionais.240


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