ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR FRENTE AO PACIENTE AMPUTADO

ANA JULIA VOGNACH, GUSTAVO JUNGBLUT KNIPHOFF, JULIANE CRISTINA SODER, EUNICE MARIA VICCARI, RAFAEL KNIPHOFF DA SILVA, DAIANA KLEIN WEBER CARISSIMI, ANGELA CRISTINA FERREIRA DA SILVA

Resumo


INTRODUÇÃO: A equipe de saúde possui papel fundamental no atendimento ao paciente amputado em processo de reabilitação. Essas equipes são multidisciplinares, atendendo o mesmo paciente de maneira independente e visualizando o indivíduo como um todo, em seu conjunto biopsicossocial. No Serviço de Reabilitação Física (SRFis) a equipe multidisciplinar é formada por profissionais e acadêmicos das mais diversas áreas, os quais assistem diretamente os indivíduos. Pode-se citar: Assistente Social, Enfermeiro, Fisioterapeuta, Fonoaudiólogo, Médico, Psicólogo e Terapeuta Ocupacional. Dentre outras tantas necessidades, grande parte dos indivíduos que procuram este serviço sofreram algum tipo de amputação, seja por motivo vascular, trauma ou outros. A amputação é uma cirurgia realizada como último procedimento no tratamento de uma condição médica, pois, quando realizada, é condição permanente, muitas vezes carregando o estigma de derrota, tanto para o profissional que realiza quanto para o paciente que a sofre. OBJETIVO: Discutir possibilidades e dificuldades de uma abordagem multidisciplinar junto ao paciente amputado. METODOLOGIA: O trabalho em questão consiste em um estudo observacional descritivo e transversal, buscando em prontuários, no período de Janeiro a Julho de 2015, informações das ações realizadas pela equipe multidisciplinar junto ao sujeito amputado do serviço apresentado acima, abordando questões ligadas à amputação e protetização do paciente, suas implicações psicológicas, e de que forma a equipe lida com estes acontecimentos, de forma que traga implicações tanto para seu funcionamento enquanto equipe, quanto principalmente para o paciente e sua reabilitação. RESULTADOS: De maneira geral, a amputação é vivida pelo paciente como um momento de desorganização, tanto em relação à concretude, à marcha, à funcionalidade perdida, quanto aos valores individuais e sociais. É neste contexto que a equipe multidisciplinar deve atuar, oportunizando uma melhor qualidade de vida a esse indivíduo. No SRFis, a Fisioterapia atua na pré e na pós-protetização, proporcionando para o sujeito amputado melhora na força muscular de membros superiores e inferiores, reeducação da marcha e melhora da postura corporal, além de prevenir deformidades. Já a Enfermagem tem o papel de orientar a estes usuários amputados, sobre a importância de ter uma alimentação saudável, já que, muitas vezes, a amputação ocorre devido ao diabete mellitus, realiza curativos de feridas, promove e incentiva o autocuidado através de orientações, além de prevenir úlceras de pressão. A contribuição da Psicologia dá-se na motivação dos pacientes amputados, restabelecendo sua auto-estima. Para tanto, durante o processo de pré-protetização, atua na tentativa de mudar as percepções negativas e na pós-protetização, estimula a retomarem a sua rotina com segurança e bem-estar, auxiliando na aceitação de si. CONCLUSÃO:240Em vista disso, é de suma importância a atuação de uma equipe multidisciplinar240 frente240a um paciente amputado, buscando uma melhoria na qualidade de vida, promovendo a inclusão social dos sujeitos e de seus familiares. Além disso, cabe acrescentar que o indivíduo tem uma necessidade extrema de ser escutado, onde a equipe deve estar habilitada para lhe proporcionar esse momento de reflexão, possibilitando a diminuição de seu sofrimento e a retomada de sua vida cotidiana.


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