ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR FRENTE AO PACIENTE AMPUTADO
Resumo
INTRODUÇÃO: A equipe de saúde possui papel fundamental no atendimento ao paciente amputado em processo de reabilitação. Essas equipes são multidisciplinares, atendendo o mesmo paciente de maneira independente e visualizando o indivíduo como um todo, em seu conjunto biopsicossocial. No Serviço de Reabilitação Física (SRFis) a equipe multidisciplinar é formada por profissionais e acadêmicos das mais diversas áreas, os quais assistem diretamente os indivíduos. Pode-se citar: Assistente Social, Enfermeiro, Fisioterapeuta, Fonoaudiólogo, Médico, Psicólogo e Terapeuta Ocupacional. Dentre outras tantas necessidades, grande parte dos indivíduos que procuram este serviço sofreram algum tipo de amputação, seja por motivo vascular, trauma ou outros. A amputação é uma cirurgia realizada como último procedimento no tratamento de uma condição médica, pois, quando realizada, é condição permanente, muitas vezes carregando o estigma de derrota, tanto para o profissional que realiza quanto para o paciente que a sofre. OBJETIVO: Discutir possibilidades e dificuldades de uma abordagem multidisciplinar junto ao paciente amputado. METODOLOGIA: O trabalho em questão consiste em um estudo observacional descritivo e transversal, buscando em prontuários, no período de Janeiro a Julho de 2015, informações das ações realizadas pela equipe multidisciplinar junto ao sujeito amputado do serviço apresentado acima, abordando questões ligadas à amputação e protetização do paciente, suas implicações psicológicas, e de que forma a equipe lida com estes acontecimentos, de forma que traga implicações tanto para seu funcionamento enquanto equipe, quanto principalmente para o paciente e sua reabilitação. RESULTADOS: De maneira geral, a amputação é vivida pelo paciente como um momento de desorganização, tanto em relação à concretude, à marcha, à funcionalidade perdida, quanto aos valores individuais e sociais. É neste contexto que a equipe multidisciplinar deve atuar, oportunizando uma melhor qualidade de vida a esse indivíduo. No SRFis, a Fisioterapia atua na pré e na pós-protetização, proporcionando para o sujeito amputado melhora na força muscular de membros superiores e inferiores, reeducação da marcha e melhora da postura corporal, além de prevenir deformidades. Já a Enfermagem tem o papel de orientar a estes usuários amputados, sobre a importância de ter uma alimentação saudável, já que, muitas vezes, a amputação ocorre devido ao diabete mellitus, realiza curativos de feridas, promove e incentiva o autocuidado através de orientações, além de prevenir úlceras de pressão. A contribuição da Psicologia dá-se na motivação dos pacientes amputados, restabelecendo sua auto-estima. Para tanto, durante o processo de pré-protetização, atua na tentativa de mudar as percepções negativas e na pós-protetização, estimula a retomarem a sua rotina com segurança e bem-estar, auxiliando na aceitação de si. CONCLUSÃO:240Em vista disso, é de suma importância a atuação de uma equipe multidisciplinar240 frente240a um paciente amputado, buscando uma melhoria na qualidade de vida, promovendo a inclusão social dos sujeitos e de seus familiares. Além disso, cabe acrescentar que o indivíduo tem uma necessidade extrema de ser escutado, onde a equipe deve estar habilitada para lhe proporcionar esse momento de reflexão, possibilitando a diminuição de seu sofrimento e a retomada de sua vida cotidiana.
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