OFICINA DE CONTAÇÃO: DESCOBRINDO UM JEITO DE EXPLORAR A IMAGINAÇÃO

GESSICA DOS SANTOS, MARISTELA BALLEJO SCHMIDT, ELEMAR GHISLENI

Resumo


Este trabalho busca refletir e apresentar os resultados obtidos nas oficinas de Língua Portuguesa do Subprojeto Letras/Português, realizadas através do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), da Universidade de Santa Cruz do Sul. As atividades foram realizadas durante o primeiro semestre deste ano, na Escola Estadual de Ensino Médio Santa Cruz, e envolveram alunos do primeiro ao quinto ano. Inicialmente tivemos uma reunião com os supervisores da escola para ingressarmos com direcionamento bem estabelecido. Nessa reunião, os supervisores deixaram as bolsistas à vontade para escolherem entre as três áreas de atuação contempladas pelo PIBID/UNISC: oficinas, monitorias ou gestão escolar. Optamos pela primeira, pois acreditamos que, através dela, podemos direcionar melhor a nossa proposta às competências relativas ao ler/dizer, à oralidade e à escrita, que são os três eixos norteadores do nosso Subprojeto. Foi sugerido, pela supervisora, que atuássemos com as séries iniciais, entendendo que é de extrema importância o momento de leitura com as crianças e que isso não ocorria na escola, 226 pelo menos não no formato que desenvolvemos. Através das experiências vivenciadas nas oficinas, notamos a necessidade de aproximar os alunos do texto escrito; desse modo, exploramos o conceito do poien 226 que "formado do verbo grego poiein, diz simplesmente o agir e sua energia, pela qual tudo se cria, se produz, se faz manifestação, acontece." (CASTRO, 2009, p. 17). Primeiramente, buscamos material. Consultamos a tese de doutorado da professora Dra. Ângela Cogo Fronckowiak e assistimos aos respectivos vídeos. Neles, as crianças apareciam fazendo diversas atividades (desenhando, recortando, colando). Inspiradas e motivadas, colocamos em prática essas ações. Ao fim de cada contação de histórias, os alunos eram convidados (sem obrigação nenhuma) a realizar atividades. Num primeiro momento, levamos papel pardo e material para desenhar e colorir. Tratava-se de um desenho livre e enfatizamos que não era necessário desenhar, especificamente, o personagem principal, mas sim o que quisessem, relacionado ao livro ou que fizesse lembrar aquela história. Nos encontros seguintes realizamos colagem e confecção de cartazes a partir da história que contávamos. Percebemos uma grande melhora, por parte dos alunos, no contato com os textos 226 não no primeiro encontro, mas a partir dos outros. Os alunos passaram a ouvir com mais atenção as narrativas que líamos para eles. Após notarmos bons resultados, sempre levávamos papel pardo e estendíamos no chão, para que pintassem, recortassem, colassem. A cada encontro, além de mudar a história, mudavam as atividades que elaborávamos. Foi nossa primeira experiência com as séries iniciais do Ensino Fundamental. Aprendemos que é essencial instigar as crianças a interagir e criar com o texto. Esse foi o modo que encontramos de explorar a imaginação do público infantil. Pelo êxito obtido com esse trabalho consideramos importante apresentá-lo, a fim de que sirva para futuras práticas de contação de histórias.


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