CLASSIFICAÇÃO DE CONDUTORES UTILIZANDO LÓGICA DIFUSA

REJANE FROZZA, VICTOR ASSMANN BIASIBETTI

Resumo


No trânsito, é comum que ocorram infrações por excesso de velocidade, cruzamento de sinal vermelho, dirigir sem a habilitação, entre outros. Dentre estas, há infrações que não somente prejudicam a paz no trânsito, mas também colocam em risco a vida das demais pessoas. Um modo de coibir a imprudência é a autuação. Mas, para isso, é necessária a fiscalização e, como não há efetivo suficientemente grande por parte dos órgãos reguladores, a alternativa encontrada é a reeducação dos condutores. Mas como um condutor saberá que não está dirigindo de uma maneira incompatível? Para avaliação dos condutores não se pode aplicar a lógica tradicional utilizada em computadores, pois esta apenas utiliza valores discretos para identificar as condições do motorista ao volante. É necessária uma abordagem diferente para tratar com fatores não exatos, como padrões comportamentais dos motoristas. O mais indicado para isso é a utilização da lógica difusa. A lógica difusa, ou lógica fuzzy, é uma técnica que trabalha com incertezas, aplicando modelos em uma lógica contínua para representação de comportamentos reais e humanos. O objetivo deste trabalho é desenvolver um sistema, utilizando a técnica de lógica difusa, a fim de classificar o condutor em relação a aspectos técnicos, psicológicos e comportamentais, a partir de parâmetros de entrada (dados) fornecidos por um GPS e um acelerômetro acoplados ao veículo, tendo sempre como base os resultados de um motorista (teórico) ideal. A técnica de lógica fuzzy será associada a conceitos de segurança no trânsito para que os resultados possam ajudar na prevenção de acidentes. Como metodologia para o desenvolvimento deste trabalho foi realizada uma fundamentação teórica com as principais definições de comportamento de condutores e de lógica fuzzy; levantamento de trabalhos relacionados, a fim de justificar as escolhas de desenvolvimento; e a proposta do sistema a ser desenvolvido, que contará com o apoio de um especialista da área de trânsito e com especialista da área de psicologia, a fim de que as regras sejam modeladas de maneira correta e coerente. A etapa em andamento é o desenvolvimento de um hardware embarcado, com o sistema fuzzy, em um veículo e de um servidor de aplicação que irá receber os dados e classificar os condutores quanto as suas ações no trânsito, segundo as características definidas. Com base nos estudos realizados sobre comportamento de condutores e em sintonia com empresas do ramo de logística, verificou-se a necessidade de um sistema de classificação de condutores para que as empresas possam estar mais cientes do que seus funcionários fazem com seus veículos e, ao mesmo tempo, garantindo o futuro de seus negócios. Também por uma questão de bem estar e segurança dos pedestres. As variáveis, inicialmente definidas para o sistema são: aceleração (acelerações bruscas demais podem ser consequências de condutores não equilibrados emocionalmente, o que caracteriza um comportamento imprudente e de risco); desaceleração (um condutor irá executar uma desaceleração repentina se estiver distraído ou caso haja algum imprevisto na estrada); guinada (guinadas efetuadas de maneira brusca possuem consequências piores em veículos pesados, ocasionando até mesmo o seu tombamento); curva (um veículo pesado que sofre alta aceleração lateral indica que sua mercadoria pode estar sendo arremessada de um lado para o outro, danificando-a e podendo acarretar prejuízos para a empresa responsável pela carga).


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