BRONQUIOLITE: SINTOMATOLOGIA E SEU MANEJO - CUIDADO DOMICILIAR OU HOSPITALIZAÇÃO?

ALINE FERNANDA FISCHBORN, JESSICA DA SILVA, SABRINE DE BONA

Resumo


Introdução: A bronquiolite é uma infecção respiratória aguda de etiologia viral, que compromete os bronquíolos, através de um processo inflamatório agudo, levando a um quadro respiratório do tipo obstrutivo que apresenta graus variáveis de intensidade. Acomete geralmente crianças nos dois primeiros anos de vida. Os grupos de maior risco de hospitalização, são os pacientes com história de prematuridade, baixo peso ao nascer e portadores de doença pulmonar crônica, cardiopatia congênita e malformação de vias aéreas superiores. O Vírus Sincicial Respiratório (VSR) é o principal agente etiológico, sendo que outros também podem ser encontrados, como: adenovírus, parainfluenza, influenza e rinovírus. Pode ter seus meios de transmissão através de contato íntimo com mãos e objetos contaminados, aerossóis mais grosseiros como tosse e espirros. O diagnóstico da bronquiolite viral aguda é eminentemente clínico. Os sinais e sintomas variam dependendo da gravidade do caso, influenciando diretamente na escolha do tratamento e do local em que o manejo será realizado. Objetivo: o estudo tem como objetivo trazer os sinais e sintomas envolvidos e em que casos estes demonstram necessidade de hospitalização e quando podem ser manejados em domicílio. Metodologia: trata-se de um estudo descritivo de revisão de literatura e pesquisa em artigos científicos, realizado no período de junho de 2015. Discussões: em se tratando de sintomatologia, os mais frequentes são: coriza, tosse, irritabilidade, obstrução nasal febre e, em alguns casos, vômitos. Em aproximadamente 24 a 48 horas podem surgir taquipneia, sibilância, tiragem, batimentos de asas do nariz, hiperinsuflação pulmonar, taquicardia, crepitações finas e desidratação. Em alguns casos também pode ocorrer apneia e cianose dependendo do grau de hipoxemia. Boa parte dos casos se resolve com manejo domiciliar. Em geral, inalações com soro fisiológico ajudam a desprender o muco e liberam o fluxo de ar. Além disso, água e leite materno afastam a desidratação. Também é prudente que os pais evitem a exposição da criança em locais com aglomeração de pessoas, nos quais a exposição aos vírus é maior. O contato com fumantes também deve ser restrito, pois o tabagismo passivo é fator agravante. Nos casos em que a bronquiolite evoluir para um estado de maior complicação, é preciso avaliação médica para possível internação hospitalar. Quando houver o diagnóstico, o tratamento baseia-se em medidas de suporte, como oxigenoterapia, hidratação e inalação. Caso houver necessidade de internação em unidade de terapia intensiva pediátrica, podem vir a fazer uso de ventilação mecânica e sedação para evitar a "competição" com o respirador. Ainda não existe tratamento farmacológico totalmente efetivo para a diminuição do número de hospitalizações e os antibióticos não devem ser prescritos, exceto em casos que apresentem infecção bacteriana secundária. Considerações finais: através do conhecimento adquirido, observamos o quanto é necessário que os pais tenham consciência do que se trata a doença, quais são os sinais e sintomas mais preocupantes, podendo assim ajudar nos cuidados e no manejo com a criança enferma.


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