PREVALÊNCIA DE EXCESSO DE PESO, GORDURA CORPORAL E HÁBITOS DE VIDA ASSOCIADOS AO RISCO CARDIOVASCULAR EM ADOLESCENTES PRATICANTES DE FUTEBOL AMERICANO
Resumo
Introdução: A elevada prevalência de doenças cardiovasculares (DCV) e de obesidade na população brasileira ao longo dos anos vem sendo associada à redução da prática de atividade física e a modificações no padrão alimentar. As mudanças na alimentação revelaram aumento do consumo de açúcares refinados, em detrimento do consumo de carboidratos complexos, de gorduras saturadas e trans, além de redução no consumo de hortaliças, frutas e fibras. Diversas doenças cardiovasculares associadas ao sobrepeso e à obesidade têm sido detectadas na infância e na adolescência, até na idade adulta. A adolescência é particularmente importante, devido às mudanças físicas e psicossociais que ocorrem de forma acelerada, facilitando o desenvolvimento de fatores de risco para tais enfermidades. A predisposição para o desenvolvimento das DCV aumenta de acordo com os fatores de risco, como o sedentarismo, mau hábitos de vida, excesso de peso, gordura corporal, excesso de alimentos ricos em gorduras e açúcares, baixo consumo de frutas e hortaliças, e demais fatores comportamentais. Em várias regiões do país, estudos apontam a crescente presença de sobrepeso e obesidade, além de doenças cardiovasculares, já na adolescência, demonstrando a forte relação do excesso de peso e maus hábitos de vida com o surgimento das doenças cardiovasculares. Objetivo: Avaliar a prevalência de excesso de peso, gordura corporal e hábitos alimentares associados ao risco cardiovascular em adolescentes praticantes de futebol americano, participantes do Projeto "Te mexe, guri!". Métodos: Estudo realizado com 14 adolescentes, com idades entre 15 e 17 anos, todos residentes no município de Santa Cruz do Sul, integrantes de um projeto de futebol americano. As variáveis avaliadas para o estudo foram: idade, índice de massa corporal (IMC), classificação da circunferência abdominal, gordura corporal e consumo de determinados gêneros alimentícios. Avaliou-se o consumo alimentar através de questionário de frequência, abrangendo o consumo de açúcares, gorduras, bebidas adocicadas artificiais, frutas e hortaliças. Resultados: Quanto ao IMC, dos 14 adolescentes participantes do projeto, 42, 87% (n=12) estão em obesidade, e 14, 28% (n=2) em sobrepeso, sendo que todos estão com a circunferência abdominal indicando risco cardiovascular. No que se refere à gordura corporal, somente 21, 43% (n=3) estão com os níveis dentro da faixa de normalidade. Em relação ao consumo alimentar, os resultados indicam uma maior prevalência no consumo de doces de 1 a 2 vezes na semana, totalizando 64, 28% (n=9). Já o consumo de gorduras, com frequência de 1 a 2 vezes na semana totalizou 42, 86% (n=6); e o consumo esporádico, também totalizou 42, 86% (n=6). Quanto à ingestão de bebidas adocicadas artificias, 35, 71% (n=5) dos adolescentes as consome de 1 a 2 vezes na semana e 35, 71% (n=5) diariamente. No que tange à ingestão de frutas e hortaliças, os resultados não foram satisfatórios, totalizando 35, 71% (n=5) para a frequência de consumo de uma a duas vezes na semana de frutas e 35, 71% (n=5) para a frequência de consumo de três a quatro vezes, por semana, de hortaliças. Conclusão: A alta proporção de fatores de risco cardiovasculares representa uma advertência para os adolescentes e mostra a necessidade de insistir em medidas educativas e de promoção de condutas preventivas. Considerando que o excesso de peso e gordura corporal, o consumo excessivo de açucares e gorduras e o consumo inadequado de frutas e verduras estão clas
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