A SÍFILIS CONGÊNITA E SEUS IMPACTOS

INGRE PAZ, CARLA RUBERT, GABRIELA MENDES DA SILVA

Resumo


Introdução: A sífilis congênita é causada pelo Treponema pallidum. Na maioria das vezes esta transmissão para o feto ocorre de forma transplacentária, podendo ocorrer em qualquer fase da gestação e em todos os estágios da doença. Porém o tempo de exposição do feto ao Treponema Pallidum e o avanço da doença na mãe são agravantes para que ela ocorra. Além da forma transplacentária, a sífilis também pode ser transmitida através de lesões na genitália da mãe, caso o parto seja de forma vaginal. Objetivo: Esse estudo objetivou discorrer sobre manifestações clínicas e epidemiológicas da Sífilis Congênita. Metodologia: trata-se de uma Revisão Bibliográfica com base em manuais do Ministério da Saúde e literaturas. Discussão: A Sífilis Congênita é uma doença de fácil detecção e o seu tratamento é fácil de compreender, no entanto vemos que os índices ainda são alarmantes. Um pré-natal de qualidade tem papel importantíssimo na diminuição destes índices, já que a prevenção inicia-se neste período. Resultados: A Sífilis Congênita pode provocar um parto prematuro e em 40% dos casos de gestantes não tratadas pode ocasionar aborto, natimorto ou morte perinatal. Segundo o Boletim Epidemiológico Sífilis (2012), entre 1998 e 2012 foram notificados no Sinan 80.041 casos de Sífilis Congênita em recém-nascidos e lactantes, sendo que a maior parte destes casos ocorreu na região Sudeste, responsável por 45, 9% dos casos. Neste mesmo período foram notificados no SIM 1.780 óbitos por Sífilis Congênita. Em 2006, a taxa de incidência de Sífilis Congênita no Brasil era em torno de 5, 5 para 1.000 nascidos vivos, já em 2011 esta taxa caiu para 3, 3 casos por 1.000 nascidos vivos no país. Porém há muitas Unidades Federativas em que este índice encontra-se acima da média nacional, como é o caso de Rio de Janeiro e Ceará que apresentam taxas de 9, 8 por 1000 nascidos vivos e 6, 8 para 1000 nascidos vivos respectivamente. Segundo o Ministério da Saúde, o Controle da Sífilis Congênita deve ser realizado no pré-natal de cada gestante, precisando este ser adequado e com profissionais capacitados. A gestante deve ter no mínimo seis consultas de pré-natal, sendo que no primeiro trimestre ou na primeira consulta da gestante deve ser realizado o teste mais utilizado para detectar a Sífilis, que é o teste não- treponêmico VDRL (VenerealDiseaseResearchLaboratories). Na 28ª semana o teste deve ser feito novamente para detectar se a gestante não foi infectada durante a gestação, além disso, caso a gestante esteja infectada, o seu parceiro também precisa ser tratado. É de grande importância que o teste sorológico de sífilis seja realizado também na maternidade, pois 50% dos recém-nascidos não apresentam sintomas para a doença. Considerações finais: Observando os estudos realizados, percebemos que apesar da patologia tratada no estudo ser de fácil diagnóstico e tratamento, os índices são considerados elevados. Constatamos a importância da realização de um pré-natal completo com todos os exames preconizados pelo Ministério da Saúde e percebemos a importância da atuação dos profissionais de saúde para promover a adesão e efetividade ao serviço.


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