CONSEQUÊNCIAS DA NÃO IDENTIFICAÇÃO PRECOCE DA DISLEXIA NA FASE ESCOLAR DE ALFABETIZAÇÃO

CLEIDI LOVATTO PIRES, ANDREA WUNDERLICH ESPASANDIN

Resumo


O presente resumo é fruto de uma pesquisa monográfica desenvolvida no curso de licenciatura em Pedagogia da Universidade de Santa Cruz do Sul, que abordou uma temática vivenciada por esta pesquisadora na idade de alfabetização: a dislexia. Fui disléxica e, como acadêmica do Curso de Pedagogia, decidi conhecer de forma aprofundada o distúrbio no sentido de contribuir com os demais profissionais do campo de educação e que sentem dificuldades em compreender a dislexia em seus aprendizes em sala de aula. Por este motivo resolvi pesquisar sobre as "Consequências da não identificação da Dislexia na fase escolar de alfabetização". A referida pesquisa apresentou como objetivos: abordar a história e características da dislexia, o que é, e como diagnosticá-la. No desenrolar da pesquisa abordei também o papel do professor, pais e alunos sobre como lidar com o distúrbio, como avaliar a criança. Para tal, optei por uma investigação qualitativa de cunho bibliográfico pesquisando diversos autores pesquisadores da temática, os quais em suas obras apresentam exatamente situações vivenciadas por esta pesquisadora ao longo de toda a vida escolar, ou seja, a falta de preparo e até mesmo de conhecimento dos professores sobre o assunto. Situações estas que acabam resultando em diagnóstico de deficiência e fracasso, pela falta de apoio e amparo de especialistas capacitados para conduzir as questões relacionadas à dificuldade. O aporte teórico aponta que os professores até conhecem razoavelmente a teoria de alguns transtornos, mas normalmente não sabem como lidar com essas situações na prática. A pouca informação dos professores sobre dislexia acaba causando uma discriminação quando o aprendiz apresenta sintomas de dificuldade de aprendizagem. Normalmente, associam a dislexia à baixa inteligência, à má alfabetização, desatenção e desmotivação. A dislexia não se dá devido à má alfabetização ou mesmo por culpa da criança. Professores e pais muitas vezes, por não saberem o que é a dificuldade do educando, acabam repreendendo o aluno e assim gerando traumas. Eu vivi esse tipo de situação e sei que vou carregar para sempre meus traumas, como os medos que tenho de ler em público, mesmo sabendo que minha leitura tenha melhorado e muito devido ao hábito de ler, influenciado pela Universidade de Santa Cruz do Sul. Através dos resultados da pesquisa, verifica-se que é necessário encontrar meios pelos quais o educador possa garantir a evolução do quadro disléxico, identificando estratégias, metodologias e atividades necessárias para efetivar a inclusão do disléxico, promovendo uma aprendizagem significativa, permitindo que, enquanto estudante, possa superar os desafios postos e evitar possíveis frustrações futuras.


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