NEUROQUÍMICA: UTILIZANDO A EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA PARA AUTISTAS COMO GERADORA DE NEUROTRANSMISSORES DO PRAZER

MIREILA BEHLING, SAMARA BITTENCOURT BERGER

Resumo


Os casos de autismo vêm crescendo com o passar dos anos e, com isso, vêm sendo discutido o assunto a fim de entendê-lo melhor e com isso propor uma qualidade de vida a eles. Sabemos que os autistas apresentam dificuldades cognitivas e atraso no desenvolvimento caracterizado como Autismo Clássico, outros autistas podem apresentar Transtorno de Aspenger, que trará consigo uma ilha de aperfeiçoamento em determinada área específica, mas manterá o perfil de síndrome do espectro autistíco. Muitas vezes, o autismo é confundido com outras TGD, pelo fato de não ser diagnosticado através de exames laboratoriais ou de imagem, pois não há marcador biológico que o caracterize, nem necessariamente aspectos sindrômicos morfológicos específicos, seu processo de reconhecimento é penoso, o que dificulta sua identificação. Para entender melhor suas características e como funciona o cérebro autista, temos como objetivo analisar os efeitos que a atividade física proporciona a eles de modo que amenize alguns sintomas ao liberar neurotransmissores que auxiliam que isto ocorra. Um estudo através do aparelho de ressonância magnética especial, demostra o que acontece no cérebro de um autista quando ele ou ela entra em contato com outras pessoas. Os resultados são surpreendentes, pois as imagens mostram que enquanto as pessoas normais usam determinada área do cérebro para reconhecer faces humanas e outras para identificar objetos, os autistas acionam a mesma região para ambas as funções, isso explica a falta de reciprocidade no contato humano, pois associam as pessoas como parte de objetos. A causa do autismo ainda é desconhecida, porém existem diversos estudos que defendem o fato de que metais pesados poderiam ser os causadores, devido ao seu comportamento no corpo humano. Os metais pesados como o mercúrio, o chumbo, o alumínio, o cádmio e outros podem afetar o desenvolvimento, o funcionamento neurológico e a saúde. Com os níveis elevados de poluição no mundo, a presença de metais pesados no ambiente cresce constantemente. Os produtos químicos, os fertilizantes, a pintura industrial, os materiais de construção, os peixes e as vacinas são algumas das fontes comuns de metais pesados. Outro assunto preocupante é o uso de medicamentos para indivíduos autistas, que é muito recomendando por médicos, porém é importante salientar que não há medicações que tratem a síndrome, eles são utilizados para combater efeitos específicos como agressividade ou os comportamentos repetitivos. Até bem pouco tempo usava-se o neuroléptico para combater a impulsividade e agitação, mais recentemente antidepressivos inibidores de receptação da serotonina veem apresentando bons resultados, proporcionando, maior tranquilidade aos pacientes. Portanto para tentar diminuir ou efetivamente terminar com o uso de medicação, é sugerida a prática de atividade física, pois esta significativamente está relacionada à diminuição da ansiedade, depressão, stress e ao aumento da autoestima. Isto ocorre devido a alterações no metabolismo de neurotransmissores como ácido gama-amino-butírico (GABA), dopamina, serotonina e norepinefrina no sistema límbico, área do cérebro associada à recompensa e ao prazer. Também há indícios de influência na síntese de opióides endógenos, substâncias estas que produzidas pelo corpo reduzem a sensação de dor e aumentam a sensação de bem-estar.


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