O ENSINO DA GEOGRAFIA POR MEIO DA VISUALIDADE E DA LUDICIDADE

Leandro Daniel Trindade Morais, Ernesto Alves, Greici Pires, Camilo Darsie

Resumo


O presente trabalho apresenta uma atividade pedagógica, desenvolvida por graduandos do curso de Licenciatura em Geografia, da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), por meio do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid), Subprojeto Interdisciplinar, durante o primeiro semestre de 2016. A atividade foi oferecida em turno complementar, em uma escola pública da cidade de Santa Cruz do Sul, contemplando, assim, estudantes do Ensino Fundamental. Foi proposta a construção de noções básicas geográficas por meio da reflexão e da prática acerca de conceitos que formam essa área do conhecimento. Como objetivos, em primeiro lugar, houve a intenção de se pensar em práticas significativas e lúdicas, as quais pudessem complementar o processo de aprendizagem dos estudantes de modo mais criativo. Ainda, no que se refere ao contexto dos graduandos, visou-se à experimentação acerca do planejamento e da aplicação de atividades escolares, fundamentais em qualquer licenciatura. A partir disso, foi feita uma compilação de ideias, tanto dos estudantes da escola quanto dos graduandos, que oportunizou, posteriormente, uma série de oficinas nas quais os alunos da escola tiveram a possibilidade de visualizar de maneira "tangível" aqueles conteúdos que lhes eram passados no contexto das aulas regulares. Exemplos desses conteúdos são os seguintes: Orientação Geográfica (pontos cardeais, colaterais e subcolaterais), Sistema Solar, Continentes, entre outros. A ideia que direcionou o planejamento e a aplicação das práticas foi proporcionar esquemas visuais concretos que auxiliaram na compreensão das relações de tamanho e distâncias dos elementos trabalhados. Esse tipo de atividade oportuniza, no contexto da Geografia, um importante apoio no que se refere ao estabelecimento de noções conceituais que, articuladas entre si, garantem um melhor entendimento das dinâmicas naturais e sociais. Os discentes demonstraram notável empolgação com os vídeos e maquetes que lhes foram apresentados, bem como com as atividades por meio das quais foram compelidos a conhecer, por exemplo, a correlação entre os pontos de orientação, com base em uma exposição da forma como o norte geográfico se apresenta em relação ao município de Santa Cruz do Sul. O despertar da curiosidade foi nítido e tivemos de nos preparar para inúmeros questionamentos que surgiram, também, acerca dos outros temas, a partir de demonstrações visuais de corpos celestes, continentes e ferramentas de localização. Tais situações foram de encontro a preconceitos genéricos que, em diversas etapas da vida escolar, acabam por prejudicar os discentes, mais detidamente, no caso deste trabalho, relacionados à Geografia. Em suma, de todas essas experiências, observamos que a visualização clara e empírica dos conteúdos escolares e a ludicidade levam a possibilidades de conhecimentos mais bem estruturados. Constroem-se novos modos de ver os conteúdos e evita-se, mais facilmente, a fadiga e o desinteresse por parte dos alunos. Além disso, a possibilidade de se colocar dentro da uma escola, acompanhada de liberdade criativa e experimental, permitiu que, em perspectiva, os graduandos fossem capazes de pensar em técnicas, práticas e recursos pedagógicos diferenciados e criativos, de maneira a fortalecerem, em suas trajetórias profissionais, novos modos de ser docente.


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