O BINGO COMO FERRAMENTA DE APRENDIZAGEM NAS OFICINAS DE MATEMÁTICA

Douglas Miguel Walter, Bruna do Nascimento, Carla Lavínia Pacheco da Rosa, Helga Irmtraut Kahmann Haas

Resumo


Apresentamos as ações e práticas pedagógicas desenvolvidas no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência/PIBID/CAPES, Subprojeto de Pedagogia da Universidade de Santa Cruz do Sul, realizadas na Escola Estadual de Ensino Médio Goiás, em Santa Cruz do Sul. O principal objetivo foi auxiliar a professora na construção de uma proposta de aprendizagem envolvendo conteúdos matemáticos. Além disso, propusemos outras metodologias de aprendizagem que envolvessem o grupo de crianças em momentos de reflexão e novos conhecimentos. A atividade iniciou no primeiro semestre de 2015 e foi finalizada em julho de 2016. Ela foi planejada em decorrência de uma necessidade constatada pelas professoras do 5º ano, na resolução dos problemas matemáticos. Realizamos testagens para verificar quais as necessidades e dificuldades enfrentadas pelas crianças, refazendo e resolvendo com o grupo a prova de expressões numéricas. Com isso, tivemos a oportunidade de perceber em qual nível de aprendizagem as crianças estavam e quais eram as suas necessidades. Observamos que as crianças tinham dificuldades quanto à ordem de resolução das contas de expressões numéricas e na resolução dos cálculos. Todos já conseguem resolver as expressões numéricas, entendendo o processo que realizam. A partir da retomada das regras, outros resolvem as expressões de forma mais simplificada, como se organizam e entendem melhor, mas sempre seguindo as regras. No momento da confecção do jogo de bingo, pudemos observar dificuldades em usar a régua para marcar as medidas de maneira uniforme, o que nos levou a fazer desse jogo nosso aliado no processo de construção de conhecimento sobre os conteúdos em questão. Dessa forma, conversamos com as crianças sobre o uso da régua. A oficina proporcionou-nos trocas com as crianças e a oportunidade de conhecer as hipóteses que formulam e de como constroem esses conteúdos matemáticos considerados complexos e temidos por elas. Esse medo pode vir justamente pelo modo como a professora trabalha os conteúdos e os materiais que proporciona aos alunos para construírem os seus conhecimentos. Essa oficina nos fez relembrar conteúdos de nossa vida escolar e ir atrás de métodos que ajudassem a simplificar e a sistematizar a resolução dos conteúdos em pauta. Foi de extrema importância compreender que cada criança precisa apenas de um olhar mais específico, singular, porque ela cria hipóteses significativas na sua aprendizagem.

Palavras-chave: Matemática; Ludicidade; Práticas docentes; Oficina; Bingo.


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