RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM COMPUTAÇÃO NO ENSINO PARA IDOSOS
Resumo
O ser humano constantemente vivencia o processo de construção e reconstrução de conhecimentos, contudo, a medida que o ser humano envelhece, inevitavelmente algumas funções cognitivas entram em declínio, entre elas, a velocidade do processo de raciocínio e a memória de trabalho. Este trabalho relata uma experiência individual na disciplina de Estágio Supervisionado em Computação III, do curso de Licenciatura em Computação, que foi vivenciada nas Oficinas de Ginástica Cerebral para Idosos. Nestas oficinas a base do conteúdo das atividades consistiu em fundamentos do Pensamento Computacional em treinos de memória, a fim de contribuir para a plasticidade cerebral do idoso. Entende-se por Pensamento Computacional um processo de resolução de problemas, que envolve diversas habilidades e disposições, fazendo com que o ser humano seja mais autônomo e produtivo. Os conteúdos trabalhados foram propostos para atender estes objetivos e, também, para oportunizar o desenvolvimento de habilidades correspondentes aos processos de atenção, percepção, memória, raciocínio lógico, criatividade, pensamento abstrato e linguagem. Um dos assuntos abordados foi o funcionamento de um computador, através de uma atividade de computação desplugada, envolvendo conjuntos de instruções/comandos sequencialmente lógicos e precisos que desencadeiam na codificação e programação. A partir disso, foi possível oportunizar o desenvolvimento de funções cognitivas muito importantes para o idoso, visto que o Pensamento Computacional é mais uma das habilidades fundamentais do século XXI. Foram notáveis os avanços de cada idoso, com base na correspondência aos objetivos da atividade, considerando o interesse e a concentração que apresentaram. Essa prática docente contribuiu para o processo de amadurecimento sobre a importância da formação do licenciado em computação, pois, até então, o licenciado em computação é visto como mediador das novas tecnologias na educação. Através dessa experiência, foi possível desmistificar essa ideia e demonstrar a dimensão da formação desse profissional que está apto a reger aula tanto para o ensino fundamental, médio ou técnico profissionalizante, inclusive para adultos maduros, os idosos. Essa experiência contribuiu muito para a formação acadêmica pois exigiu planejamento de aula, considerando as necessidades dos idosos e a busca de aprimorar a metodologia a ser utilizada, considerando as dificuldades e qualidades dos idosos.
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