REABILITAÇÃO PÓS-PROTETIZAÇÃO DE PACIENTE COM DESARTICULAÇÃO COXOFEMURAL : UM ESTUDO DE CASO
Resumo
Introdução: Amputação é o termo utilizado para definir a retirada total ou parcial de um membro, sendo este um método de tratamento para diversas doenças. Pode ser considerada como um recurso final para melhorar a função, aliviar sintomas, e o mais importante, salvar a vida do paciente e/ou melhorar sua qualidade de vida. Por esse motivo não se deve considerá-la como o fim de algo e sim, o início de uma nova fase, que necessita de adaptações, treinamento e disposição para enfrentar os desafios do cotidiano. De acordo com o decreto lei nº938, de 13/10/1969, é atividade privativa do fisioterapeuta executar métodos e técnicas fisioterápicos com a finalidade de restaurar, desenvolver e conservar a capacidade física do paciente. O fisioterapeuta desempenha um papel fundamental e indispensável na reabilitação de amputados tanto de membros inferiores como superiores. O início precoce do tratamento apropriado poderá influenciar nos resultados satisfatórios da reabilitação. Objetivos: Programar um projeto fisioterapêutico em fase de pós-protetização a fim de torná-la funcional e proporcionar maior independência. Metodologia: Atendimento fisioterapêutico para paciente C.C.R, sexo feminino, 35 anos, residente no município de Lajeado-RS, que realizou cirurgia de amputação transfemural em membro inferior direito, para retirada de tumor em agosto de 2015. Entretanto, houveram complicações pós-operatórias ocasionando a necessidade de novo procedimento cirúrgico para desarticulação coxofemoral ao final de março de 2016. Inicialmente, a paciente foi encaminhada ao Serviço de Reabilitação Física (SRFis), da Universidade de Santa Cruz do Sul, que é desenvolvido junto à Clínica FisioUNISC, para realização de triagem e solicitação de dispositivo (prótese). Durante avaliação inicial relatou a presença de dor e sensação fantasma em forma de ardência e queimação no membro amputado, presença de pontos dolorosos, diversas contraturas, aderência cicatricial e falta de um coto com apoio ósseo para sustentação da prótese. Após a avaliação a paciente foi submetida a 14 atendimentos de fisioterapia, no período de março a julho de 2017, nos quais foram realizados liberação de contraturas, aderência cicatricial e pontos dolorosos através de massoterapia, radiofrequência e vacuoterapia na região do coto, bem como exercícios de fortalecimento da musculatura do CORE e do membro inferior não amputado. Nos últimos atendimentos avançou-se para realização do treino de equilíbrio estático e dinâmico chegado à deambulação com a prótese sem muletas. Resultados: Após os atendimentos de fisioterapia na fase de pós-protetização, foi possível perceber: diminuição das contraturas e pontos dolorosos, uma melhora na aderência cicatricial e da força muscular, equilíbrio e desenvolvimento da deambulação independente. Conclusão: Através dos resultados obtidos verifica-se a importância da fisioterapia na etapa de pós-protetização, proporcionando à paciente melhor funcionalidade com a utilização da prótese, reduzindo suas limitações lhe garantindo maior independência funcional e possibilitando o retorno a suas atividades de vida diária.
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