MEMBRO FANTASMA: CONTRIBUIÇÕES DA PSICOLOGIA E FISIOTERAPIA NUM SERVIÇO DE REABILITAÇÃO FÍSICA
Resumo
A temática do membro fantasma permanece convocando os profissionais de Psicologia e Fisioterapia a socializar suas contribuições e experiências produzidas no âmbito da reabilitação física, tendo em vista o contexto e a necessidade de realizarmos uma clínica cada vez mais integrada. O presente estudo busca refletir sobre este fenômeno, que Teixeira (2006) coloca como um sofrimento que o sujeito manifesta no corpo, o que pode exigir do psicoterapeuta uma atenção e escuta às experiências do mesmo. De outra forma, a posição do profissional fisioterapeuta torna-se necessária para avaliar as necessidades dos indivíduos amputados, com intuito de auxiliá-los da melhor maneira possível no desenvolvimento de suas atividades de vida diária. O objetivo da pesquisa é evidenciar a importância da área de Psicologia e Fisioterapia no processo de reabilitação física de amputados que manifestam a sensibilidade do membro fantasma. Metodologicamente, este trabalho se fundamenta a partir de uma revisão bibliográfica, referente a leituras e considerações de duas importantes áreas da saúde num serviço de reabilitação física: Psicologia e Fisioterapia. Hellman et al. (2015) ressaltam que a dor do membro fantasma pode ocorrer logo após o trauma ou demorar meses ou anos para apresentar-se no indivíduo, causando, muitas vezes, mudanças no sistema psicológico, tais como, a depressão, acarretando diretamente na qualidade de vida desses indivíduos. Essa dor pode estar relacionada com o período do dia, sendo muito intensa à noite. Os sintomas geram um grande desejo do amputado a movimentar o membro fantasma, para tentar aliviar o desconforto sentido no coto (GIUMMARRA; BRADSHAW, 2010). Os profissionais de Fisioterapia ressaltam que a amputação de membro superior pode acontecer por diversos fatores, como doenças, traumas e/ou cirurgias. Verifica-se que entre 50% a 80% dos indivíduos que passam por amputação de membro superior sofrem de dor do membro fantasma. Até 80% dos amputados sentem dor fantasma, sendo essa dor definida como ardor ou formigamento, bem como do estilo cólicas ou apertos, e também dores como “esfaqueamento” e “tiros” (GIUMMARRA et al., 2007). A sensação fantasma é um fenômeno que acomete pacientes submetidos à amputação de qualquer um dos membros, e essa pode estar acompanhada ou não de dor. Quando há dor, Hellman et al. (2015) coloca que pode ocorrer logo após o trauma ou demorar meses/anos para apresentar-se no indivíduo, causando muitas vezes impactos psicológico como a depressão, ou ainda o aparecimento de três fases, tais como a negação, a raiva e a aceitação, as quais estão diretamente ligadas à qualidade de vida dos indivíduos (SAMPOL, 2010). Concluímos com o pensamento de Benedetto, Forgione e Alves (2002) que consideram a integração corporal significativa para o paciente amputado. Esse precisa acolher a perda do membro, para a integração com o instrumento mecânico - a prótese, e com os próprios músculos para que a reabilitação seja positiva. Dessa forma, profissionais de Psicologia e Fisioterapia colaboram com o bom resultado desse processo de ter o controle de seus movimentos, diante da aceitação da perda, bem como na maneira de se relacionar consigo mesmo e com os outros de forma autêntica.
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