OS DESAFIOS DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM FRENTE AO PACIENTE ACOMETIDO POR CHOQUE CARDIOGÊNICO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: ESTUDO DE CASO
Resumo
O choque cardiogênico é uma síndrome clínica caracterizada por hipoperfusão tecidual secundária à disfunção cardíaca, na ausência de hipovolemia. A etiologia principal é o infarto agudo do miocárdio com falência do ventrículo esquerdo, embora existam outras causas relevantes, como complicações mecânicas do infarto, miocardites, evolução de cardiomiopatias, valvopatias agudas não isquêmicas e cardiomiopatia induzida pelo estresse. A falha na função de bombeamento do sangue leva à diminuição da perfusão tecidual e falência circulatória em aproximadamente 5% a 8% dos pacientes com infarto, levando-os a óbito. Objetiva-se descrever os desafios vivenciados na assistência de Enfermagem prestada ao paciente com diagnóstico de choque cardiogênico em UTI. Este estudo é descritivo, observacional do tipo relato de experiência realizado após prática de enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva e pesquisas em livros e artigos online, para traçar um paralelo entre a realidade vivida e o que traz a literatura. Como resultados, o paciente idoso (73 anos) teve internação por infarto agudo do miocárdio que posteriormente foi associado a choque cardiogênico. A internação na UTI foi prolongada e decorrente das condições clínicas, houveram dificuldades na operacionalização da assistência de Enfermagem quanto à reabilitação nutricional, ao posicionamento do paciente, aos cuidados com a pele e lesões bucais decorrentes da frequente aspiração de cavidade oral. Atualmente, a instituição está em fase de estudo para a implantação da Sistematização da Assistência de Enfermagem – SAE, que é uma ferramenta essencial no trabalho do enfermeiro e proporciona recursos técnicos, científicos e humanos, melhorando a qualidade da assistência ao paciente. Ficou evidente a importância da assistência em Enfermagem, na identificação de pacientes com risco de desenvolvimento de choque cardiogênico e monitorização/vigia da progressão do choque, impedindo que ocorram mais danos. Por isso, durante a internação deve-se manter contínua observação do paciente, visando o reconhecimento precoce de sinais clínicos e laboratoriais. O paciente crítico tem colocado os enfermeiros diante de um desafio, o de incorporar a tecnologia nos cuidados, mas para que isso ocorra de modo seguro, torna-se necessário dominar os princípios científicos que apoiam a sua utilização, para que seja possível suprir as necessidades terapêuticas do doente. Concluiu-se, então, que faltam protocolos e a aplicação da SAE para o manejo do paciente acometido por esse agravo em seus diferentes graus, para que sua permanência na UTI seja melhorada e a posterior alta ocorra sem sequelas.
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