EFEITO AGUDO DE UMA SESSÃO DE HIDROTERAPIA NA FLEXIBILIDADE DE MULHERES ADULTAS.

Laura Inês Kist, Lalesca Leão, Tatiele Mallmann, Andréia Haag, Patricia Oliveira Roveda

Resumo


Introdução:  A hidroterapia é uma modalidade terapêutica que utiliza os efeitos físicos, fisiológicos e cinesiológicos advindos da imersão do corpo em piscina aquecida como um recurso coadjuvante da reabilitação ou prevenção de alterações funcionais de diferentes origens, ortopédicas, reumatológicas, neurológicas, traumatológicas, entre outras. As propriedades físicas e térmicas da água desempenham um papel importante na melhoria ou manutenção da amplitude de movimento (ADM) das articulações, na redução da tensão muscular e do espasmo, melhora da flexibilidade e relaxamento. O efeito de flutuação promove alívio de peso corporal e auxilia na melhora dos movimentos, em especial das articulações álgicas, propiciando maior liberdade de movimento e diminuição de espasmos, além da maior flexibilidade muscular. Entende-se por flexibilidade a capacidade de mover uma ou mais articulações através de uma ADM sem dor e sem restrições. As camadas de tecido conjuntivo adjacentes à articulação, a condição dos ligamentos e a presença de patologias ou lesões também podem limitar a flexibilidade. O termo “flexibilidade”, geralmente, é usado mais especificamente para referir à habilidade da unidade músculo-tendínea de se alongar enquanto um segmento corporal se move através de sua ADM. Objetivo: Este trabalho objetiva apresentar os resultados da avaliação do efeito agudo de uma única sessão de hidroterapia sobre a flexibilidade de musculatura posterior de membros inferiores (MMII) de mulheres adultas. Metodologia: Este estudo se caracteriza como observacional exploratório com pré e pós teste de uma sessão de hidroterapia com água a 32° C das participantes do Projeto de Extensão Oficinas de Saúde na Hidroterapia do Curso de Fisioterapia da Universidade de Santa Cruz do Sul – UNISC. Participaram do estudo 5 mulheres, as quais realizaram o teste de flexibilidade com o Banco de Wells, instrumento portátil que verifica a flexibilidade da cadeia posterior de MMII, no final de uma manhã do mês de junho de 2017 pelo mesmo examinador devidamente treinado. A sessão de hidroterapia teve duração de 45 min. e foi composta pelas fases de aquecimentos, alongamentos, fortalecimentos e relaxamento. Resultados: A faixa etária das participantes variou de 43 a 67 anos, sendo que todas já realizam o projeto há pelo menos um semestre. Após análise comparativa dos valores obtidos em cm, constatamos que nas cinco mulheres houve aumento de flexibilidade após a sessão. Este aumento variou de 0,3 a 2,0 cm, não sendo muito grande o aumento, porém ressaltamos que a temperatura da água estava aquém do valor utilizado para esta estação do ano, o inverno. Conclusão: Pode-se afirmar que o programa de hidroterapia foi parcialmente eficiente para as participantes, pelos ganhos de flexibilidade não tão expressivos. Destaca-se que no dia da coleta a temperatura ambiente era cerca de 8°C, fato que nos permite afirmar que as baixas temperaturas influenciam diretamente na condição de tensão da musculatura, uma vez que existe uma vasta literatura apresentando os efeitos benéficos da imersão sobre a flexibilidade muscular. Por fim, destacamos que a participação em projetos extensionistas também pode despertar e fomentar os estudantes à pesquisa.

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