A CONTRIBUIÇÃO DA MEDITAÇÃO GUIADA E DA FITOTERAPIA NO TRATAMENTO DOS DISTÚRBIOS DO SONO E DA ANSIEDADE EM UM GRUPO TERAPÊUTICO NO MUNICÍPIO DE VERA CRUZ-RS

Elisabete Maria Lovato Eick, Vatusi Costa Fanfa, Taiane dos Santos, Lisoni Muller Morsch, Lia Gonçalves Possuelo, Chana de Medeiros da Silva

Resumo


Nos últimos anos queixas relacionadas ao sono constituem-se um problema de saúde pública crescente. Pelo menos, um terço da população sofre de algum distúrbio do sono e/ou de sonolência excessiva diurna que podem estar associados à ansiedade. Entre eles, a insônia se destaca, caracterizando-se pela dificuldade em adormecer/manter o sono ou ainda acordar muito cedo e que vem sendo subdiagnosticada e mal compreendida. O desenvolvimento de estratégias de saúde e educação para seu tratamento e prevenção se faz necessária. Como a terapia farmacológica geralmente envolve riscos, como dependência, queda em idosos, entre outros, torna-se imprescindível oferecer uma abordagem não farmacológica através de Práticas Integrativas e Complementares previstas pelo SUS e que estejam baseadas em evidências. Desse modo, o estudo tem como objetivo analisar a contribuição da Meditação Guiada e da Fitoterapia no tratamento dos distúrbios do sono e da ansiedade. A partir de uma percepção da unidade de saúde de Vera Cruz quanto ao número de pacientes que utilizam medicamentos hipnóticos, foi constituído um grupo composto por 23 mulheres, com idade de 35 a 85 anos e criado o projeto intitulado “Dormir e sonhar, evita medicar”. Todas as participantes apresentam distúrbios relacionados ao sono e ansiedade e foram convidadas para participar do projeto no período de maio a novembro de 2018, com encontros semanais de 2h, totalizando 25 encontros. Foram propostas diversas atividades, destacando-se para a Meditação Guiada, 1 hora de meditação por encontro, totalizando 19 horas desta prática. E, no período de 15 de setembro de 2018 a 15 de janeiro de 2019 o grupo receberá a prescrição do medicamento fitoterápico - Valeriana officinalis 150 mg ao dia. Durante o período de participação, no início e no final do grupo, foram e serão aplicados instrumentos para avaliação da qualidade do sono e qualidade de vida. Sobre o perfil das mulheres, foi observado que a maioria é casada (72,72%), aposentada (54,54%) e 40,9% informaram utilizar algum hipnótico para conseguir dormir. Quanto à prática de atividade física, 19 (86,36%) costumam se exercitar pelo menos 1 vez na semana. Ao avaliar qualidade do sono, 7 (31,81%) mulheres referiram dormir menos de 6 horas por noite e 9 relataram dificuldade grave ou muito grave em adormecer, permanecer dormindo, e/ou ter problemas em acordar cedo. Em relação à qualidade de vida, 7 participantes a classificaram como nem boa/nem ruim, ruim ou muito ruim e 12 participantes avaliaram sua percepção em saúde da mesma forma. Os resultados deste estudo ainda são preliminares, pois dependem da aplicação do instrumento que avaliará os benefícios da meditação guiada e da fitoterapia na qualidade do sono, porém benefícios qualitativos/subjetivos não mensuráveis já são relatados pelas participantes durante os encontros semanais.


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