GRAU DE DIFICULDADE DE ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA EM PACIENTES AMPUTADOS DE MEMBRO INFERIOR DO SERVIÇO DE REABILITAÇÃO FÍSICA

Náthalie da Costa, Sérgio Junior Zonta, Gabriella Moraes Jungblut, Angela Cristina Ferreira da Silva, Lisiane Lisboa Carvalho, Rafael Kniphoff da Silva

Resumo


O Serviço de Reabilitação Física de Nível Intermediário da Universidade de Santa Cruz do Sul (SRFis-UNISC) oferece para 62 municípios da Região dos Vales (Rio Pardo, Taquari e Jacuí) a dispensação de órteses e próteses e meios auxiliares de locomoção, além da reabilitação físico-funcional. As amputações na sua maioria são de membros inferiores que representam um acentuado impacto socioeconômico, da socialização e, consequentemente, da qualidade de vida, constituindo-se numa das mais devastadoras complicações de saúde. Analisar e identificar a relevância do grau de dificuldade em atividades do dia a dia antes e depois da amputação, comparando faixa etária, nível de amputação e tamanho do coto. Foi aplicado um questionário intitulado Functional Measure for Questionare (FMA) em pacientes amputados de membro inferior do SRFis-UNISC, de dezembro de 2017 a junho de 2018 durante as triagens e entregas de próteses, totalizando 64 pacientes. O questionário é composto por quatorze questões, sendo treze objetivas e uma dissertativa. Para este resumo, avaliou-se a 13ª questão do instrumento, tendo como enunciado “nas suas atividades do dia a dia, dentro e fora de casa, qual resposta que melhor descreve o grau de dificuldade que você apresenta depois da amputação?”, havendo cinco alternativas de resposta. Classificou-se nível de amputação em: transtibial direito e esquerdo, transfemural direito, esquerdo e bilateral, syme esquerdo, parcial pé esquerdo, entre outros relacionados, e do coto em: proximal, medial e distal. A faixa etária foi dividida em: crianças (0 a 15 anos), jovens (16 a 29 anos), adultos (30 a 59 anos) e idosos (acima de 60 anos). A alternativa mais assinalada foi a letra b, que corresponde a resposta “eu deixei de fazer a maioria das minhas atividades após a amputação da minha perna”, com uma frequência de 53%. Dos respondentes desta alternativa, a variável faixa etária adulto, nível de amputação transtibial e coto proximal foram de 50%, seguida de idosos (26%), transfemural (38%) e coto distal (29%). Dentro das amputações de nível transtibial, a de coto proximal é a que mais dificulta as atividades do dia a dia, justificando a escolha da alternativa b. Entende-se que a faixa etária adulto refere-se a uma vida ativa antes da amputação, passando a se sentir “incapaz” tanto no trabalho quanto em seu papel de inserção social e familiar. Entretanto, para o processo de reabilitação é necessário à inserção e/ou reinserção do amputado nas atividades de vida diária sendo ele usuário ou não de prótese para que o sentimento de autoestima e pertencimento se concretize.


Apontamentos

  • Não há apontamentos.