A ARTE DE DESENHAR COMO INSTRUMENTO DE COMUNICAÇÃO NA ELABORAÇÃO DE E-BOOK
Resumo
Desde a pré-história desenhos são utilizados como forma de comunicação e expressão de hábitos e experiências, onde pinturas rupestres eram muito utilizadas pelos ‘’homens das cavernas’’ mesmo antes da concretização de uma linguagem verbal. Ao longo dos séculos, os desenhos se fizeram presentes na ilustração de templos sagrados e tumbas no Egito antigo, assim como representando deuses mitológicos gregos, mapeando a condução dos navegantes em mares desconhecidos, entre muitos outros exemplos. Mesmo depois da existência de uma linguagem verbal, o desenho continuou presente como uma forma de comunicação mais simples, facilitando o entendimento. São considerados um forte mecanismo cognitivo de aprendizagem para o reconhecimento, classificação e identificação dos objetos. Entretanto, assim como no meio escolar, bem como no ensino superior, a prática de desenhar não é muito estimulada como uma forma de aprendizagem. Alguns estudos realizados com docentes relatam que a linguagem gráfica não é trabalhada como veículo de aprendizagem, relacionando isso a crença de que desenho é “coisa de criança’’. Contudo, quando os estudantes são questionados sobre a prática de desenhos, declaram que gostariam de vivenciar a mesma como instrumento de construção do conhecimento. Dessa forma é possível entender que o uso do desenho pode complementar e facilitar a aprendizagem. Neste sentido, o trabalho tem como objetivo utilizar os desenhos como alternativa de ilustração para os e-books que estão sendo produzidos pelos grupos do projeto Pró-Saúde e do Centro de Excelência em Produtos e Processos Oleoquímicos e Biotecnológicos (CEPPOB). Desta maneira, busca-se estimular o cognitivo do leitor à um fácil reconhecimento e memorização do objeto ou assunto abordado nos capítulos, tornando a leitura mais agradável e simples. O primeiro e-book em desenvolvimento tem como título provisório “Protocolos e Técnicas Laboratoriais de Rotina: aplicações em microbiologia, cultivo celular, biologia molecular e farmacognosia”. No decorrer da elaboração e redação dos seus seis capítulos foram confeccionadas ilustrações dos assuntos abordados, utilizando tinta aquarela em folhas de gramatura 180 g. Para o primeiro capítulo, abordando o tema Biossegurança, foram desenvolvidos desenhos representando os riscos físicos, radiações não ionizantes, riscos químicos, riscos biológicos e riscos ergonômicos. Para o segundo capítulo, sobre Boas Práticas e Técnicas de Laboratório, foram feitos desenhos ilustrando uma série de instrumento laboratoriais analíticos e equipamentos de biotecnologia. Para o terceiro capítulo, com o tema Microbiologia, foram desenvolvidos desenhos sobre as estruturas e diferentes morfologias bacterianas, bem como sobre os principais meios de cultivo microbiológicos. Até o momento, foram produzidos trinta desenhos para três dos seis capítulos. Também encontra-se em fase de construção um e-book que aborda todas as vivências realizadas nos projetos Ministeriais Pró-Saúde e PET-Saúde, em que serão elaborados graphical abstracts no início de cada capítulo, reforçando a comunicação visual associada às práticas de saúde. Iniciativas como esta destacam-se por promover essa área gráfica e estimular o cognitivo do leitor, bem como estimular e aperfeiçoar os traços nos indivíduos que desenham.
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