EFETIVIDADE ANTIMICROBIANA IN VITRO DE ANTISSÉPTICOS BUCAIS RELACIONADOS A MICRORGANISMOS STAPHYLOCOCCUS AUREUS E PSEDOMONAS AERUGIONOSAS

Resumo

Este trabalho visa verificar a efetividade antimicrobiana de cinco antissépticos bucais comercialmente disponíveis sobre os microorganismos Pseudomonas aerugionosa e Staphylococcus auerus, que são bactérias subgengivais, encontradas em pacientes imunodepremidos. Sabendo que o controle químico das bactérias da cavidade oral é uma opção muito usada para promover um adequado equilíbrio do meio bucal, os diversos antissépticos disponíveis no mercado, assim como a propaganda apelativa utilizada pela mídia, torna-se difícil a escolha do antisséptico ideal para controlar o equilíbrio sobre a placa bacteriana. Formular diferentes alternativas relacionadas ao controle mecânico é de suma importância para o manejo das doenças periodontais e controle de microrganismos supra e subgengivais. Assim, objetiva-se verificar a eficácia in vitro do potencial antimicrobiano da clorexidina (Periogard®)0,12%, cloreto de cetilpiridínio (Plax®), fenóis (Triclosan/gantrez) 0,03%(Cepacol®) e óleos essenciais(Listerine®), sobre a culturas de Pa e As. Os meios de cultura de Pa e As foram ativados em tubos de 10mL de caldo de BHI. Foram separados dez placas de Petri estéreis com o ágar Mueller-Hinton e dois Swabs para a coleta dos microrganismos, juntamente com duas pinças estéreis para colocar os discos de antibiograma sobre a placa de Petri. Após isso, o procedimento consistiu no preparo da suspensão das bactérias cultivadas recentemente, inoculação desta suspensão na superfície na placa de Ágar Mueller-Hinton, e adição dos discos de papel impregnados com os antissépticos antimicrobianos. Após a incubação em estufa a 37ºC, foi analisado o padrão de crescimento e inibição ao redor de cada disco. O resultado se deu por meio da medida do halo de inibição das duas bactérias cultivadas (Pa e As ) sobre os cinco antissépticos usados. Sendo que o clorexidina (Periogard®) teve uma maior eficácia em ambos microrganismos, representando um halo de inibição de =10mm sobre a Pseudomonas aerugionosa e =22mm no Staphylococcus auerus. Podemos ressaltar, que os fenóis e óleos essenciais representaram o menor halo de inibição nas duas bactérias, Pa e Sa em um tamanho de =7mm. Conclui-se que a clorexidina (Periogard®) foi o antisséptico com maior halo de inibição sobre os dois microrganismos, confirmando que esse antimicrobiano, por mais de três décadas, tem sido considerado o padrão ouro em comparações com outros agentes químicos na odontologia, devido a sua capacidade de evitar a formação de biofilme, atuando tanto em microrganismos gram-positivos quanto em gram-negativos, tendo um amplo espectro antimicrobiano e prolongada substantividade. Entretanto, podemos acrescentar também que as bactérias Pseudomonas aerugionosa e Staphylococcus auerus  formam biofilmes altamente resistentes , sendo resistentes a antibióticos. Sua alta virulência e toxicidade pode influenciar diretamente na ação antimicrobiana dos antissépticos bucais.