CENTRO DE CONVIVÊNCIA MELHOR IDADE-CCMI
Resumo
A função da Assistência Social estabelecida pela Política Nacional de Assistência Social (PNAS) é operacionalizada através do Sistema Único de Assistência Social na qual propõe a sua intervenção a partir de duas grandes estruturas articuladas entre si: garantir a Proteção Social Básica (PSB) e a Proteção Social Especializada (PSE) de média e alta complexidade. Para isso, a proteção social básica será operada por intermédio dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), com o objetivo do desenvolvimento local, buscando potencializar o território com foco na atuação a prevenção e promoção da vida. Sua atuação é organizada de forma territorializada, localizado prioritariamente em áreas de maior vulnerabilidade social. É ofertado o Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF) e o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), entre outras atividades, benefícios e projetos, tornando-se uma referência para a população local e para os serviços setoriais. Neste contexto, a PNAS compreende a pessoa idosa como sujeito de direitos, cidadã, participante da sociedade e usuária das políticas públicas. Constituindo como um serviço de proteção básica, os Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculo para pessoa Idosa, devem ser desenvolvidos em articulação com o PAIF, segundo a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais. Com base nisto, o presente trabalho tem como objetivo realizar atividades no Centro de Convivência para Idosos, localizado na zona sul da cidade de Santa Cruz do Sul, denominado de Centro de Convivência Melhor Idade - CCMI. O referido é um serviço destinado a pessoas de no mínimo 60 anos, para manterem-se ativos, proporcionando-lhes atividades de fortalecimento da convivência familiar e comunitária. Nesse sentido, ao longo do primeiro semestre de 2018, de forma semanal, nas quartas-feiras, com duração de uma hora, nas dependências do Centro, foram realizados 18 encontros, com idosos de ambos os sexos que frequentam o serviço. As atividades realizadas seguiram um cronograma com temáticas previamente planejadas, sendo que foram preparadas a partir de demandas trazidas pelos próprios participantes, e constituem apenas como uma ferramenta disparadora para as questões presentes na vida dos participantes. No que se refere à execução, cabe salientar que, ao longo desses encontros, a mesma variava de acordo com a temática, ou seja, teve momentos em que foram convidadas pessoas para falarem sobre os assuntos propostos, teve a realização de dinâmicas para principalmente o grupo interagir, contudo, prevaleceu o diálogo em relação aos temas abordados, destacando sempre situações, soluções e percepções dos participantes diante da atividade. Sob esta perspectiva, a importância prática desta atividade neste grupo permitiu reflexões sobre os mais diversos assuntos envolvendo questões do envelhecimento, da sociedade contemporânea, dos direitos do cidadão e principalmente sobre o convívio e o fortalecimento de vínculo dos integrantes em um serviço de convivência para pessoas idosas. Dessa forma, o grupo se torna um facilitador para despertar os potenciais e o desenvolvimento biopsicossocial de todos os integrantes. Por fim, sabe-se que na vivência grupal, os indivíduos estabelecem uma relação de confiança e interesse para com os demais participantes, contribuindo, assim, de maneira positiva para a sua socialização.
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