UMA ALTERNATIVA PARA TRABALHAR ASSUNTOS DE CINEMÁTICA EM ESCOLAS PÚBLICAS: EQUIPAMENTO DE BAIXO CUSTO.

Gustavo Henrique Menzel, Jefferson Santana Martins

Resumo


Um assunto recorrente em rodas de conversa, envolvendo o assunto da educação, são os problemas ligados a questões estruturais. O ensino da Física em Escolas Públicas normalmente não conta com equipamentos que podem facilitar a compreensão dos fenômenos que estão sendo estudados. Sabe-se que o uso de equipamentos de laboratório em aulas do Ensino Médio é raro; E em grande parte dos casos a escola não conta com uma estrutura que possibilite a realização destas aulas, ou a uma falta dos próprios equipamentos. Há também, às vezes, que a preocupação das aulas fica voltada a resultados numéricos, índices ou resultados perante avaliações; o que vem a comprometer a aprendizagem. Dentre os problemas, este trabalho pode ajudar a motivar os profissionais (mais especificamente da área da física), na busca pela construção própria de um equipamento que pode os ajudar na explicação de alguns fenômenos físicos. Segundo Moreira (2006), para que haja uma aprendizagem significativa o deve-se implicar em uma contextualização para o aprendiz, a fim de que este faça ligações como o que já sabe e o novo conhecimento. Nesta perspectiva, a proposta do trabalho é apresentar uma maneira alternativa para a confecção do um equipamento para auxiliar o ensino de assuntos de cinemática. Trazendo toda a aprendizagem teórica acerco dos movimentos de MU e MRUV para a realidade, possibilitando que o aluno faça por si só as descobertas dos respectivos movimentos. A construção está baseada na observação de um equipamento utilizado em aulas experimentas na UNISC, em que buscou-se a construção do trilho de ar com materiais de baixo custo e de fácil montagem, obtendo-se resultados semelhantes ao aparelho convencional. Separamos em três etapas o projeto: o trilho, o fluxo de ar e as medidas de velocidade. Para a construção do fluxo de ar, utilizamos um motor de aspirador de pó usado. Então utilizamos este ar expulso e o direcionamos ao trilho. Para fixar tudo construímos uma caixa, nela estão instalados alguns sistemas de proteção (térmicos, tensão e indicação de funcionamento). O trilho foi construído com um tudo de alumínio, e por toda sua extensão foram feitos furos para permitir a saída de ar criando uma camada de ar e o “carrinho” que irá se deslocar acima. Para realizar as medidas de velocidade utilizamos o Software Tracker. Como o objetivo era ajudar no ensino, tivemos um cuidado grande em comparar os resultados obtidos neste equipamento e os comparamos com a teoria e com o mesmo equipamento da universidade. Na comparação com os resultados, ambos demonstram de formas corretas os movimentos de MU e MRUV. Neste sentido, no MU apresentou uma velocidade constante no movimento, e no MRUV o Movimento se mostrou em aceleração constante. Em comparação entre os equipamentos existem vantagens e desvantagens o equipamento proposto tem como vantagens sua simples montagem, massa reduzida, fácil transporte e simples instalação. Já o equipamento industrial apresenta uma melhor e mais fácil visualização das medidas de tempo e velocidade – podendo-se construir com peças de metal; o que pode ocasionar numa maior durabilidade se comparado ao MDF. Sabemos que este é apenas um problema e está ligado a uma questão estrutural e econômico, portanto, não é de fácil solução. Mas a proposta pode gerar incentivo à escola, para trabalharem de forma mais ativa e a busca por não dependência governamental no ensino experimental.


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