FISIOTERAPIA AQUÁTICA NA OSTEOARTROSE: UM ESTUDO DE CASO

Ana Cristina Kappaun, Ana Carolina Machado de Souza, Patrícia Oliveira Roveda

Resumo


O crescimento na incidência e custos do tratamento da Osteoartrose (OA) numa sociedade em envelhecimento, pode levar os profissionais de saúde e gestores a reconsiderar a terapia na água como uma provisão de saúde pública. Isto pode se mostrar rentável, e é um tratamento amplamente acessível, oferecendo potencial para a prevenção desta enfermidade, assim como para melhorar a qualidade de vida (QV). A água é muito indicada pelo alívio de peso corporal e descompressão articular gerada pelo empuxo, oferece suave resistência durante os movimentos e ainda, a oportunidade de treinamento em várias velocidades. Esses componentes fazem com que o exercício aquático seja um excelente método para aumentar a resistência e a força muscular. A fisioterapia aquática mostra-se como um instrumento potencialmente benéfico para diminuir a dor e a rigidez articular, através de seus efeitos físicos e fisiológicos, que levam a respostas como melhoria do condicionamento físico e relaxamento muscular. Este trabalho tem como objetivo observar atendimentos realizados no estágio na clínica Fisiounisc, no setor de Hidroterapia com intuito de ampliar significar ainda mais o conhecimento visto na disciplina de Fisioterapia Aquática. Trata-se de um estudo de caso em que foram observados três atendimentos hidroterapêuticos, em meio, desenvolvidos no estágio da clínica Fisiounisc da Universidade de Santa Cruz do Sul. No primeiro dia de atendimento, as alunas ficavam observando e fizeram o registro escrito e fotográfico da avaliações e sessões e nos seguintes uma das alunas entrou e auxiliou no atendimento. Durante as sessões são realizados exercícios de aquecimento, melhora amplitude de movimento, descompressão articular, fortalecimento muscular e relaxamento. Foi atendida uma mulher com 57 anos, sobrepeso (IMC= 37,8), com diagnóstico de OA em várias articulações, são elas acromioclavicular em ombro D, joelho E e coluna lombar (L3-S1), com importante quadro álgico, limitação de movimento e fraqueza muscular. Foi constatado na imersão em água aquecida há a facilitação de execução do programa de tratamento, assim como benefícios de analgesia e melhora da movimentação ativa. Este trabalho proporcionou fazer uma correlação entre a teoria e a prática realizada nas aulas de fisioterapia aquática, ampliou o conhecimento sobre o atendimento hidroterapêutico feitos pelos estagiários, assim como possibilitou um maior esclarecimento sobre o processo da avaliação até a construção dos objetivos e condutas deste paciente, com base em seu diagnóstico clínico e fisioterapêutico. Em relação ao caso observaram-se os benefícios, os quais promovem melhorias na QV de pacientes com OA, patologia que acomete 85% da população acima dos 75 anos e causa danos à saúde.


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