ATIVIDADES PLUGADAS E DESPLUGADAS NA GINÁSTICA CEREBRAL PARA IDOSOS

Júlia Roberta Quoos Alves, João Henrique Couto Mobbs, Matheus Gonçalves dos Santos, Kevin Matheus Backes, Marcia Elena Jochims Kniphoff da Cruz, Wolmar Alípio Severo Filho

Resumo


A expectativa de vida no Brasil está aumentando progressivamente, conforme apontam dados estatísticos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2018. Ela girava em torno de setenta e seis anos - um salto de vinte e dois anos em relação ao registrado na década de 1960. Com isso, a saúde do idoso necessita ser pensada e meios para a manutenção de uma vida saudável devem ser discutidos pelos governos e cidadãos. Com o processo de envelhecimento, a capacidade de absorver e armazenar informações do ser humano vai diminuindo, sofre um processo lento e gradual de deterioração. Diante dessas informações, o Projeto de Extensão Unisc Inclusão Digital (UID), da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC), ofertou a oficina Ginástica Cerebral. O foco da oficina está centrado na promoção de atividades plugadas e desplugadas. As atividades plugadas se caracterizam pelo uso de dispositivos eletrônicos, enquanto as desplugadas utilizam jogos físicos e atividades impressas. Os conteúdos das atividades privilegiam a atenção, criatividade, memória e raciocínio lógico. A cada aula uma atividade diferente era aplicada, sendo apresentados seus conceitos e benefícios antes da parte prática. Os desafios propostos se encaixam em cinco categorias: memória, criatividade, noção de espaço, coordenação motora e agilidade da mente. Nas atividades, os participantes foram convidados a realizar exercícios simples, mas que exigem esforço mental, tais como: digitar um texto com a mão que não usa convencionalmente, achar figuras escondidas e diferenças entre as imagens, desenho às escuras, Tangram e Torre de Hanói (esses jogos exigem a movimentação de peças). Inicialmente, as atividades causaram surpresa, pois exigiam diferentes habilidades envolvendo relação, noção espacial, temporal, reconhecimento de padrões e esforço físico-mental no sentido de comandar a mão oposta ao habitual – atividade que envolve muitas funções cerebrais. Todas as atividades se mostraram apropriadas, conquistando a atenção e o empenho dos envolvidos. O ambiente da oficina permitiu que os idosos se sentissem confortáveis, de modo a compartilhar experiências de vida. Assim, puderam se desafiar, realizando da melhor maneira possível, as atividades. No encerramento da oficina, os participantes demonstraram aumento da autoestima e desinibição para se expressar. Demonstraram, ainda, evolução nas capacidades cognitivas, de concentração e da memória. Os resultados foram muito significativos e muitos idosos afirmam que desejam continuar participando nas edições das futuras oficinas. Pretende-se para as próximas edições oferecer atividades plugadas e desplugadas com novas temáticas interessantes aos idosos, a fim de que continuem auxiliando em uma vida mental ativa e feliz.


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