ANÁLISE DE MICRORGANISMOS ISOLADOS EM AMOSTRAS DE PACIENTESINTERNADOS EM UM HOSPITAL GERAL DO VALE DO RIO PARDO NO PRIMEIROSEMESTRE DE 2011.

Marcelo Carneiro, Aline Cristina Scheibler, Eliane Carlosso Krummernauer, Janete Aparecida Machado, Janine de Mello Rauber, Mariana Schmidt Adam

Resumo


 

A infecção hospitalar, um dos riscos da hospitalização, resulta de um desequilíbrio entre os mecanismos de defesas do paciente e os patógenos oportunistas que entram em contato ou estão presentes em seu próprio corpo (microbiota). Trata-se de um fenômeno multi-causal dependente de alguns fatores: existência de um agente infeccioso em número suficiente, acesso do microrganismo ao hospedeiro, via de entrada para o agente e hospedeiro em estado de suscetibilidade ao oportunista. O trabalho teve como finalidade avaliar e estudar os principais microrganismos isolados em amostras de pacientes internados em um hospital geral do Vale do Rio Pardo (Hospital Santa Cruz) no primeiro semestre de 2011. Foram analisados e tabulados os resultados de culturas coletados a partir dos prontuários de pacientes internados no hospital entre janeiro e junho de 2011. Para este estudo, foram considerados os seguintes microrganismos: Pseudomonas spp., Acinetobacter spp., Klebsiella sp., Escherichia coli, Enterobacter spp., Proteus spp. e Staphylococcus spp. Neste período, um total de 190 culturas positivas para os microrganismos em análise foram obtidas a partir de dados dos prontuários. O estudo não realizou diferenciação entre culturas sem resultado clínico, isto é, provenientes apenas de colonização do paciente, as quais não estavam causando nenhum tipo de infecção (comunitária ou hospitalar). Assim, em 24% dos casos (n=46) foi isolado Staphylococcus spp.; em 23% (n=44), Escherichia coli; em 19% (n=36), Pseudomonas spp.; em 12% (n=22), Klebsiella sp.; em 11% (n=21), Proteus spp.; em 6% (n=11), Enterobacter spp. e, em 5% (n=10), Acinetobacter spp. Em 12 de culturas positivas do gênero Staphylococcus, o microrganismo foi classificado como coagulase negativa. Na unidade de terapia intensiva adulto, o microrganismo isolado mais frequentemente foi Staphylococcus spp., seguido de Acinetobacter spp.; todavia, na unidade de terapia intensiva neopediátrica, também foi Staphylococcus spp., porém seguido de Pseudomonas spp. Com relação às amostras, encontrou-se em maior proporção Staphylococcus spp. em secreções e sangue; Escherichia coli, em urina; Pseudomonas spp., em escarro; Klebsiella sp., em urina; Proteus spp., em secreções; Enterobacter spp., em sangue; e Acinetobacter spp., em escarro. Considerando que pacientes hospitalizados encontram-se debilitados imunologicamente, torna-se necessário o controle dos demais fatores de risco para infecções, como disponibilidade, contato e invasão do microrganismo. Neste sentido, a identificação e a análise da prevalência de microrganismos isolados no ambiente hospitalar e em amostras clínicas de pacientes internados são essenciais para elaboração de medidas estratégicas para controle de infecção.

 


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