MEDICALIZAÇÃO E A PADRONIZAÇÃO DE PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS: um estudo realizado nas unidades de saúde mental dos hospitais da 8ª CRS
Resumo
Introdução: A temáticada medicalização vem se estabelecendo paralelamente na históriaaos avanços
tecnológicos da área da farmacologia, em razão de sua inclusão como a principal forma de intervenção
terapêutica dentro de um processo de procedimentos diagnósticos terapeuticos, em que os quadros
psicopatológicos assumem o lugar de transtornos mentais, que serão diagnosticados, a partir de um
número de sintomas. A padronização de medicamentosinstiga a necessidade de uma análise das
transformações do cuidado em saúde mental, bem como uma reflexão sobre o sofrimento de pacientes
internados em hospitais gerais. Os psicotrópicos modificamcomportamentos considerados inadequados
para a sociedade em algo normalizado, retirando do indivíduo os sintomas não suportáveis provocados
pelo sofrimento psíquico, sem, no entanto oferecer aos sujeitos a significação deste processo. De fato,
nossa realidade humana ao longo dos tempos revela o quão insustentável se torna o sentir, como uma
verdade quase insuportável. E são estes sofrimentos e frustrações que desembocam numa saída
oportuna em um psicofármaco (medicações com potencial antipsicótico), que tem capacidade de
terminar as ansiedades e as tristezas avassaladoras da alma. Atualmente, o uso de medicamentos
tornou-se a prática terapêutica mais convencional em todos os níveis da rede pública de saúde nos
casos de saúde mental. Principalmente, quando esta prática dá ênfase à internação psiquiátrica.
Hospitais com unidades psiquiátricas tem sido a recomendação mais adequada para internações,
quando o assunto é sofrimento psíquico. Tanto pessoas com histórico de transtorno psiquiátrico
crônico em situação de recaída, como pacientes que embora sem história psiquiátrica pregressa,
chegam com crise aguda de sofrimento psíquico, também fazem parte dos usuários destas unidades. Ao
que parece, internações em unidades psiquiátricas são a alternativa para toda alteração de
comportamento impossível de ser conduzida de maneira rápida, com conduta adequada pelos serviços
responsáveis, sejam eles de saúde, serviços sociais ou judiciários. É aí que se potencializa a questão da
medicalização, a qual se estabelece como o principal recurso oferecido como cuidado aos indivíduos na
saúde mental, tendo estes medicamentos o papel de ir aprisionando os sujeitos em sofrimento
psíquico, afinal esta é uma das grandes demandas da população nas unidades de saúde metal das
instituições O motivo que leva este estudo a abordar medicalização, o uso de psicotrópicos e
padronização de medicamentos em unidades de saúde mental, é a necessidade de um cuidado com a
singularidade nos tratamentos psiquiátricos e de uma escuta qualificada para este público.
tecnológicos da área da farmacologia, em razão de sua inclusão como a principal forma de intervenção
terapêutica dentro de um processo de procedimentos diagnósticos terapeuticos, em que os quadros
psicopatológicos assumem o lugar de transtornos mentais, que serão diagnosticados, a partir de um
número de sintomas. A padronização de medicamentosinstiga a necessidade de uma análise das
transformações do cuidado em saúde mental, bem como uma reflexão sobre o sofrimento de pacientes
internados em hospitais gerais. Os psicotrópicos modificamcomportamentos considerados inadequados
para a sociedade em algo normalizado, retirando do indivíduo os sintomas não suportáveis provocados
pelo sofrimento psíquico, sem, no entanto oferecer aos sujeitos a significação deste processo. De fato,
nossa realidade humana ao longo dos tempos revela o quão insustentável se torna o sentir, como uma
verdade quase insuportável. E são estes sofrimentos e frustrações que desembocam numa saída
oportuna em um psicofármaco (medicações com potencial antipsicótico), que tem capacidade de
terminar as ansiedades e as tristezas avassaladoras da alma. Atualmente, o uso de medicamentos
tornou-se a prática terapêutica mais convencional em todos os níveis da rede pública de saúde nos
casos de saúde mental. Principalmente, quando esta prática dá ênfase à internação psiquiátrica.
Hospitais com unidades psiquiátricas tem sido a recomendação mais adequada para internações,
quando o assunto é sofrimento psíquico. Tanto pessoas com histórico de transtorno psiquiátrico
crônico em situação de recaída, como pacientes que embora sem história psiquiátrica pregressa,
chegam com crise aguda de sofrimento psíquico, também fazem parte dos usuários destas unidades. Ao
que parece, internações em unidades psiquiátricas são a alternativa para toda alteração de
comportamento impossível de ser conduzida de maneira rápida, com conduta adequada pelos serviços
responsáveis, sejam eles de saúde, serviços sociais ou judiciários. É aí que se potencializa a questão da
medicalização, a qual se estabelece como o principal recurso oferecido como cuidado aos indivíduos na
saúde mental, tendo estes medicamentos o papel de ir aprisionando os sujeitos em sofrimento
psíquico, afinal esta é uma das grandes demandas da população nas unidades de saúde metal das
instituições O motivo que leva este estudo a abordar medicalização, o uso de psicotrópicos e
padronização de medicamentos em unidades de saúde mental, é a necessidade de um cuidado com a
singularidade nos tratamentos psiquiátricos e de uma escuta qualificada para este público.
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