IMPACTO DO ENVELHECIMENTO NO RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES, GORDURA VISCERAL E APTIDÃO CARDIORRESPIRATÓRIA DE TRABALHADORES RURAIS

Maiara Helena Rusch, Patrik Nepomuceno, Miriam Beatrís Reckziegel, Silvia Isabel Rech Franke, Hildegard Hedwig Pohl

Resumo


Introdução: O envelhecimento é um fator de risco para doenças cardiovasculares (DCV) e está associado ao aumento da área de gordura visceral (AGV) e diminuição da aptidão cardiorrespiratória (ACR). Objetivo: Comparar o risco para DCV, AGV e ACR entre trabalhadores rurais com <60 e ≥60 anos. Métodos: Estudo transversal, descritivo e analítico. Sexo e idade foram obtidos por questionário. O risco para DCV foi determinado pelo Escore de Framinghan e classificado em “baixo”, “intermediário” ou “alto”. A AGV foi avaliada por bioimpedanciometria e classificada segundo o risco em “baixo”, “moderado” ou “alto”. Os trabalhadores realizaram o teste ergométrico de Bruce modificado e a ACR foi calculada e classificada em “fraca”, “regular” ou “boa”. A amostra foi dividida em dois grupos: <60 e ≥60 anos. Os dados foram analisados no SPSS (versão 23), utilizando o Teste Qui-Quadrado (comparação de variáveis ategóricas), considerando significativo p≤0,05. Resultados: Compuseram a amostra 99 trabalhadores rurais. Destes 42 possuíam ≥60 anos. Não houve diferença significativa quanto ao sexo (p=0,537). O risco para DCV apresentou diferença (p<0,001); entre trabalhadores com <60 anos, 27 possuíam risco baixo, já dos com ≥60 anos, 17 possuíam risco alto. Não houve diferença para classificação da AGV (p=0,537). A ACR foi significativamente diferente (p=0,009); no grupo <60 anos, 34 apresentaram a ACR “boa”, já no grupo ≥60 anos, 18 apresentaram ACR “fraca”. Considerações finais: Trabalhadores rurais com ≥60 anos apresentaram maior risco para DCV e menor ACR, reforçando a necessidade de estratégias voltadas à melhora da ACR e saúde cardiovascular dessa população.

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