ÁCAROS (ACARI) ASSOCIADOS A ARMADILHAS NA AVICULTURA POEDEIRA, LAJEADO, RIO GRANDE DO SUL

LUIZ CARLOS OLIVEIRA DA SILVA, JULIANA GRANICH, JÚLIA HORN K RBES, MALENA SENTER, TAMARA BIANCA HORN, NOELI JUAREZ FERLA

Resumo


A avicultura é um importante setor da economia, sendo que o Rio Grande do Sul é o quarto maior estado em produção de ovos do país. Devido à crescente demanda por produtos avícolas, as aves de postura são criadas em regime intensivo, o que prejudica o seu bem-estar, aumentando o risco de epidemias causadas principalmente pela infestação de ectoparasitas. Existem três modelos de construção de aviários comerciais de aves poedeiras na granja avaliada, sendo eles automatizados (aves mantidas confinadas em gaiolas de metal em seis andares, com colheita de ovos por esteiras), semiautomatizados (aves mantidas em gaiolas dispostas em diferentes níveis como degraus de escada sendo que a coleta de ovos manual) e modelo caipira (criação de aves mantidas livres). Este trabalho tem por objetivo avaliar a distribuição de ácaros encontrados em armadilhas em aviários de uma granja de galinhas poedeiras no município de Lajeado/RS, em relação à profundidade, modelo de confinamento e condições ambientais. Foram avaliados três aviários automatizados, dois semiautomatizado e um em modelo de criação caipira. Oito armadilhas foram distribuídas em cada lado das baterias de gaiolas ao longo dos aviários automatizados e semiautomatizados, enquanto que no modelo caipira foram dispostas no interior e exterior dos ninhos. Todos os ácaros foram contados e até 20 ácaros/armadilha montados em laminas em meio de Hoyer. A identificação foi realizada com microscópio óptico com contraste de fases e auxilio de chaves dicotômicas. Foram observadas 30 espécies pertencentes a 15 famílias (Acaridae, Analgidae, Blattisocidae, Cheyletidae, Cunaxidae, Macrochelidae, Melicharidae, Pyroglyphidae, Phytoseiidae, Tarsonemidae, Tenuipaipidae, Tetranychidae, Tydeidae, Raphignathidae e Stigmaeidae). As espécies mais abundantes foram Cheyletus malaccensis (Oudemans, 1903) (968), Pyroglyphus sp1. (643) e Megninia ginglymura (Mégnin, 1877) (523). Cheyletus malaccencis foi mais abundante no modelo automatizado (472) e caipira (219). Megninia ginglymura (326) foi mais abundante no modelo semiautomatizado. No modelo automatizado observou-se que C. malaccensis teve maiores populações coincidindo com os locais onde não há sombreamento. No semiautomatizado também se observou que as maiores populações estão onde não há sombreamento. Pyroglyphus sp1240e M. ginglymura apresentaram populações uniformes em ambos os lados. No modelo caipira todas as espécies apresentaram maiores valores nas armadilhas disposta interna e externa dos ninhos. Conclui-se que C. malaccensis tem maior abundância em locais onde não há sombreamento, M. ginglymura e Pyroglyphus sp1240não são influenciados pela luminosidade.


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