ANÁLISE DA MELHORA DE DOR EM PACIENTES COM LOMBALGIA SUBMETIDOS A PROCEDIMENTOS FISIOTERAPÊUTICOS.

BRUNA SCHWINGEL ALBRECHT, CASSIA DA LUZ GOULART, LUCIANA CEZIMBRA WEIS

Resumo


A lombalgia é definida como um quadro doloroso na região lombar inferior, afetando cerca de 70% da população em geral de forma contínua e por longos períodos de tempo, impactando a qualidade de vida e atividades de vida diária do indivíduo. Busca-se analgesia nesses pacientes através de estimulação elétrica nervosa trânscutânea (TENS), Corrente Interferencial (CI), bolsas gel e plataforma vibratória, as quais aliviam os sintomas de dor crônica. O objetivo deste trabalho foi analisar a escala visual analógica (EVA) pré e pós-atendimento eletroterapêutico em pacientes com lombalgia.O estudo de caráter observacional ocorreu no período de março a julho de 2014, na Clínica Escola do Curso de Fisioterapia-FisioUNISC, junto ao Projeto de pesquisa Intervenções terapêuticas nas alterações músculo esqueléticas em pacientes com disfunções da coluna vertebral. Foram 14 pacientes portadores de lombalgia clinicamente diagnosticada, os quais passaram por ficha de avaliação fisioterapêutica, com dados de identificação, sinais vitais, escala visual analógica 226 EVA, sensibilidade tátil sensibilidade térmica, goniometria e avaliação postural, bem como um questionário de qualidade de satisfação das AVD222s, adaptado para versão brasileira do Swiss spinal stenosis questionnaire. Foram aferidos os sinais vitais, pressão arterial, saturação periférica de oxigênio, frequência cardíaca e respiratória, pré e pós-atendimento. Também foram questionados quanto à presença de dor, antes da intervenção e ao final desta, através da EVA. Foi aplicada a TENS (T = 80µs; F = 20Hz) e a CI, programa 40 (T = 200µs; F = 4000Hz), com 4 eletrodos grandes de borracha silicone carbono, distribuídos de forma bilateral, horizontal e longitudinal na região lombar, com os recursos eletroterapêuticos empregados por 20 minutos. Associou-se o recurso de massoterapia por 10 minutos e cinesioterapia com alongamentos simples da musculatura lombar bilateral nos últimos 10 minutos da sessão fisioterapêutica, plataforma vibratória por 5 minutos e uso, 2 vezes por semana, em casa, de bolsa gel quente. A estatística foi expressa em valores percentuais, médias e desvios-padrão e comparada pelo teste de Wilcoxoncom, com comparações relacionadas pelo programa Statistical Package for Social Sciences for Windows (versão 20.0). Vê-se que a média de idade dos 14 pacientes foi de 55,79±14,21 anos, com predominância do sexo feminino (n=10) representando 71,4% da amostra. O questionário de qualidade de vida apresentou média de 26,50±5,94 de melhora funcional diária. Sendo que a EVA pré-atendimento variou de 5,29±0,65 para o pós-atendimento de 3,36±0,37 (p=0,005), constatando-se, então, uma significância entre o pré e o pós-atendimento. Quando comparados os gêneros, observa-se que as mulheres apresentaram uma EVA pré-atendimento de 4,50±0,68 e pós-atendimento 3,20±0,46, uma vez que os do sexo masculino destacaram-se pela diminuição da dor em que no pré-atendimento foi 7,25±1,03 e, no pós-atendimento, 3,75±0,62. Através dos métodos empregados, os pacientes reduziram significativamente a dor do pré para o pós-atendimento. Constatou-se, também, uma evolução maior dos pacientes do sexo masculino após o atendimento.


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