O desenvolvimento da biotransformação como ferramenta em sínteses orgânicas é apenas uma das muitas utilizações da catálise biológica. A produção biotecnológica de compostos aromáticos vem sendo estimulada nos últimos anos devido ao aumento do mercado consumidor por produtos rotulados como naturais e saudáveis. Neste contexto, estudos da biotransformação têm se mostrado um método eficiente para reações que envolvam a obtenção de compostos com interesse comercial. Dentre estes produtos utilizados podemos destacar monoterpenos por constituírem uma variedade de compostos com grande aplicação, tanto no âmbito farmacêutico como em perfumes, cosméticos e alimentos. Fungos filamentosos têm sido amplamente utilizados nessas reações. Processos de biotransformação, além de gerar novos produtos, podem dar um destino nobre a resíduos da indústria. O trabalho teve como objetivo otimizar a extração e análise cromatográfica de óleo de menta e seus bioprodutos obtidos em estudos de fermentação em fase sólida com basidiocarpos. Foi empregado a extração em hexano do óleo de menta e seus bioprodutos a partir de amostras obtidas em experimentos de biotransformação deste óleo. A biotransformação do óleo de menta por basidiocarpos de Pycnoporus sanguineus (L.:Fr.) Murrill foi conduzida por 48 h, empregando o glicerol bruto derivado da cadeia do biodiesel como fonte de carbono e de hidrogênio para a cometabolismo e biotransformação de componentes do óleo de menta. O glicerol bruto foi previamente analisado quanto ao seu pH, densidade, viscosidade, basicidade e cinzas. Após cultivo em fase sólida, as amostras do óleo essencial extraído foram analisadas por cromatografia gasosa, associada a espectroscopia de massas com equipamento Shimadzu GCMS-QP 2010 Plus, empregando a análise por similaridade com a biblioteca Wiley8.LIB e por comparação com padrões analíticos para mentona, pulegona, álcool perílico e l-carveol. A partir dos cromatogramas obtidos foi possível identificar os principais compostos presentes no óleo extraído após os experimentos de biotransformação e verificar a intensidade dos respectivos picos em diferentes condições de biotransformação. Também se identificou se haviam bioprodutos oriundos da biotransformação realizada na presença de basidiocarpos. Destaca-se, também, que as amostras extraídas em triplicata, apresentaram o mesmo perfil cromatográfico e a mesma intensidade de picos. Desta forma, é possível concluir que o procedimento de extração e análise cromatográfica selecionados estavam adequados para a avaliação da biotransformação do óleo de menta, conforme proposto.