A tecnologia no ramo da topografia e do geoprocessamento está em grande ascensão, com novos aparelhos e softwares de apoio sendo criados e aprimorados em um curto intervalo de tempo. Portanto, é necessária uma capacitação e adequação dos profissionais relacionados a esta área, para conseguirem tirar máximo proveito do que estes produtos oferecem. Esse avanço acaba privilegiando áreas de estudo adjacentes, uma delas a de projeto de ferrovias e rodovias, que utiliza e se baseia nos resultados obtidos pela topografia. Atualmente, muitas ferramentas são de uso gratuito, possibilitando a coleta de informações sem custos e entre essas ferramentas se destaca a obtenção de dados através de imagens de satélite. Essa prática se tornou comum no dia a dia da engenharia, pois para determinados tipos de serviços ou estudos é possível obter todos os recursos necessários para realizar determinada tarefa. Porém, para algumas atividades, estes dados apresentam uma defasagem entre o valor obtido e o valor real em campo, gerando duvidas sobre a autenticidade do resultado final. As grandes organizações possuem estrutura e recursos para utilizar as novas tecnologias disponíveis, fazendo com que elas forneçam um valor final cada vez mais confiável em relação ás organizações de menor porte, como pequenas empresas e prefeituras. No entanto, as necessidades de mercado nem sempre possuem recursos para custear o serviço de maior excelência. Por este motivo, optou-se pelo estudo na área de obtenção de dados topográficos alternativos para o uso na engenharia rodoviária, podendo subsidiar as companhias de menor expressão. O estudo tem o intuito de mostrar a diferença de volumes entre um anteprojeto de uma rodovia usando informações obtidas por levantamento topográfico com o uso de estação total em relação ao mesmo anteprojeto utilizando imagens de satélite. Assim, busca-se reconhecer a confiabilidade dessas imagens e concluir se é possível que pequenas organizações utilizem esta atividade, visando a economizar recursos em um futuro projeto. O projeto será aplicado nas três regiões possíveis determinadas pelo DAER, que são a plana, ondulada e montanhosa, presentes nas Normas de Projetos Rodoviários e para seu desenvolvimento serão utilizados os softwares Google Earth, AutoCAD Civil 3D e Saepro. Até o momento, a análise foi realizada apenas na região classificada como montanhosa. Os valores de volumes oriundos do levantamento do topográfico convencional (confiável) resultaram em 2.610,887m³ para Corte e 116.213,189m³ para Aterro. Já os valores obtidos através das imagens aéreas do Google Earth somaram os valores de 28.668,832m³ para Corte e 13.097,808m³ para Aterro. Pode-se perceber a discrepância entre os resultados obtidos entre os dois métodos, atingindo uma diferença de 90,89% nos volumes de corte e 88,73% nos volumes de aterro. Com isso é possível concluir que a prática desse estudo em áreas montanhosas deve ser descartada. O estudo nas áreas ondulada e plana encontra-se em desenvolvimento.